EMENDAS ESQUECIDAS

Na tribuna da Câmara Federal, ontem (20), o deputado federal Rodrigo Martins (PSB) criticou duramente o Governo do Piauí. Segundo ele, existe uma bipolaridade na gestão quando o Governo prioriza o recebimento de empréstimos enquanto deixa de lado recursos já garantidos através de emendas parlamentares.

Ele cita como exemplo uma emenda parlamentar de 2016, de sua autoria, no valor de um milhão e setecentos mil reais, destinado à realização de obras a serem realizadas através da Secretaria de Infraestrutura do Piauí em parceria com a Codevasf em cinco municípios do estado: Campo Maior, Manoel Emídio, Santa Cruz do Piauí, Monsenhor Gil e Landri Sales.

Segundo Rodrigo Martins a emenda foi empenhada em 2016, quando também foi feito o contrato, e o convênio foi assinado em dezembro de 2016. Somente em dezembro de 2017 um ano após o empenho, foi concluído o projeto do Governo do Estado feito pela Seinfra. Apesar disso, até hoje o Governo não realizou a licitação para realização das obras.

“Esse projeto sendo feito, nada mais impedia a realização da licitação, mas para nossa surpresa até a data presente nós não temos sinal de licitação para essas obras de infraestrutura… Ao mesmo tempo que o Governo fica louco, desesperado, querendo prestar contas de uma maneira fictícia, para tentar receber recursos da Caixa Econômica de um empréstimo, ao mesmo tempo ele renega, deixa de lado uma emenda. Talvez porque não seja tão volumosa, como o empréstimo que está querendo hoje viabilizar, por ser apenas de um milhão e setecentos mil reais, mas certamente iria fazer a diferença para aquela população”, explica.

De acordo com Rodrigo Martins, representantes da população já estão buscando esses investimentos na Justiça. “Quero exaltar a posição do vereador Daniel Soares, da cidade de Campo Maior, que está ingressando com Ação Popular, contra o Governo do Estado do Piauí, para obrigá-lo a fazer uma licitação onde o recurso já está garantido e, realmente, por puro descaso e descompromisso ou, pode se dizer também, por incompetência da gestão essa realização se quer foi realizada”, ressalta.

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