ELES PODEM DECIDIR!

ESTUDANTES PODEM VENCER AS ELEIÇÕES

Estudantes de todo o Piauí estão escrevendo um capítulo importantíssimo das eleições de 2018. O governador Wellington Dias (PT) não consegue mais entrar numa cidade do Piauí sem ser recepcionado por protestos e mais protestos. Há duas semanas, em Floriano, Wellington Dias teve que entrar pela porta dos fundos de um hotel para que pudesse participar de evento local sem enfrentar professores e estudantes da UESPI. A manifestação foi articulada rechaçando qualquer apoio político de adversários. Era um grito legítimo de quem sofre com a falta de compromisso do Estado com a instituição.

Estudantes receberam Wellington Dias com vaias em São Raimundo Nonato (foto: divulgação)

Na terça-feira (28), em Campo Maior, tiveram que utilizar grades de proteção — essas mesmas utilizadas em esquemas anti-terroristas de segurança — para manter à distância mais estudantes da UESPI. Em São Raimundo Nonato, nesta quinta-feira (30), vestidos de preto, mais estudantes e ainda mais protesto dentro e fora do aeroporto internacional quando souberam que o avião do governador pousaria ali. Foram muitas vaias. Aspones tentaram disfarçar com palmas. 

“Quem não respeita a educação não merece a reeleição!” e “Sem professor, sem voto!”, alertaram em coro os estudantes.

A campanha de Wellington Dias virou uma ilha de velhos políticos cercada por manifestações de estudantes por todos os lados. A agência que cuida da campanha do petista está morrendo de medo.

Contestar o governador e a gestão dele deixou de ser coisa de meia dúzia de deputados de oposição e passou a ser um sentimento que verbaliza a decepção e a vontade de mudança.

Sabendo que seremos uma sociedade melhor com mais informação, esperamos que os estudantes sejam a revolução!

CAI-CAI

VAI DIZER O QUÊ?

(foto: Marcos Melo  | PoliticaDinamica.com)

O maior problema da campanha publicitária de Wellington Dias claro que não é falta de dinheiro. É falta do que falar. Foram testados pelo menos 5 opções de jingles que não tinham o quê dizer até que fosse eleita a música oficial da campanha, que mostra tudo o que a terceira gestão de Wellington Dias fez pelo Piauí: nada com nada em ritmo de forró pé-de-serra. É de fazer a concorrência achar graça.

MUITO BEM ACOMPANHADO

(foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

Um dos versinhos do jingle diz que “Ele não está sozinho”. Talvez seja a frase mais verdadeira da música: estão com Wellington Dias os petistas Regina Sousa (que ele tem escondido das agendas de eventos) e Assis Carvalho; o pessoal da Operação Topique; a velha guarda do PFL. A turma é da pesada mesmo. Sem falar nos ricos bem novinhos, um pessoal emergente que fez fortuna no Piauí em meio a maior crise econômica da história do Brasil sem dar um prego numa barra de sabão.

JÁ ESTÁ REELEITO

(foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

É de se dar o braço a torcer: o deputado federal que passou 3 anos sendo o secretário de Segurança de Wellington Dias (PT) é dos mais cotados como “eleito” nas listas de apostas mais bem informadas do Piauí. Campanha de liso para o capitão Fábio Abreu (PR) só em foto de 2014 postada no Instagram e marcada com aquela hashtag “#tbt”, que indica coisa antiga. Em 2018, os limites são apenas os da imaginação.

SUPERESTRUTURA

A estrutura da campanha de Fábio Abreu só encontra os seguintes concorrentes: Rejane Dias e Assis Carvalho, ambos do PT, Júlio César Lima (PSD) e Iracema Portela (PP). Daí se tira como essa campanha do humilde capitão é rica de apoio.

ELE VAI VOLTAR

(foto: Jailson Soares | PoliticaDInamica.com)

Rafael Fonteles vai voltar. Pelo menos é o que se comenta na base do governo. A data está marcada: dia 10 de setembro o ex-secretário de Fazenda reassume o posto. Como ninguém mais acredita em promessa de Wellington Dias, o petista já está circulando com Rafael na condição de “fiador” de suas palavras. Exonerado à pedido para cuidar da saúde, Rafael voltará mais magro depois de reeducação alimentar. Comer fora de hora não estava fazendo bem.

LOGÍSTICA

(foto: Jailson Soares | PoliticaDinamica.com)

A Operação Topique — aquela da Polícia Federal que apura roubo de dinheiro federal de transporte escolar na SEDUC da deputada Rejane Dias e prefeituras do interior — causou grande estrago na campanha de Wellington Dias. O pessoal que cuida da estrutura do petista está com medo de circular. É que não são apenas os estudantes da UESPI que estão monitorando a movimentação do governo. A logística da campanha diminuiu.

CURIOSIDADE

Se de um lado o governador não consegue fazer rodar bem sua campanha, os pagamentos do governo já não são problema. Pelo menos para algumas construtoras que já receberam juntas mais de R$ 77 milhões do FINISA 2 aquele empréstimo que ninguém mais ouve falar. O dinheiro está sendo empenhado, liquidado e pago à todo vapor. Que o digam as construtoras Hidros, A&A Serviços e a Solução Construtora. Essas estão famosas nas rodas de conversa quando tem vereador de Teresina, prefeito do interior e deputados estaduais e federais.

CADA UM POR SI

Com Wellington Dias caindo nas pesquisas — as séries Amostragem, Opinar, DatamaX, Credibilidade e DataAZ mostram isso — é cada vez mais difícil defender a tese de que o governo vá fazer dois senadores, afinal, não garante nem a reeleição. Setembro está chegando e será aberta a temporada de “cada um por si”.

QUESTÃO DE LÓGICA

Talvez nem o próprio Wilson Martins (PSB) achasse que a essa altura do campeonato ele estivesse ainda isolado na liderança das intenções de voto por uma vaga no Senado. Assim, os demais candidatos ainda tem que buscar garantir a segunda vaga. Ciro Nogueira (PP) está na frente de Marcelo Castro (MDB). Não existe motivo para ele ajudar o concorrente se a sua vaga ainda está em risco. Nem há lógica em Marcelo ajudar Ciro a se manter mais perto da vaga que ele.

CAMINHADA

O ex-secretário de Administração Franzé Silva (PT) fez esta semana uma grande caminhada no Centro de Teresina para mostrar a força de sua campanha. Por acaso, nas fotos postadas nas redes sociais, dezenas de pessoas do município de União fazendo volume.

ELMANO NÃO, “VEÍN”!

A campanha do senador Elmano Ferrer (PODEMOS) quer obrigar que as próximas pesquisas de intenção de voto registradas no TSE troquem o nome dele pelo apelido: Veín Trabalhador. Foi assim que ele ficou conhecido em 2014 em todo o Piauí e dessa maneira é mais provável que ele consiga um “recall” dos 62% de votos conseguidos para o Senado.




Comente aqui