Às vésperas da partilha dos cargos do Governo Estadual, ainda não se sabe ao certo o que passa pela cabeça do governador Wellington Dias (PT). Já no segundo principal partido da base aliada, o clima é de expectativa: quem vai ficar com o quê? E quem vai decidir isso?
O MDB tem 5 deputados estaduais: Severo Eulálio (47.175 votos), Zé Santana (45.813 votos), Themístocles Filho (42.773 votos), Henrique Pires (38.391 votos), Pablo Santos (38.177 votos) e João Mádison (30.118 votos). Tem um deputado federal, Marcos Aurélio Sampaio (73.302 votos); e um senador, o presidente estadual do partido, Marcelo Castro (812.213 votos).
Nos bastidores do Karnak, a história é a de que Severo, Zé Santana, Pablo e Marcelo Castro devem ganhar — ou manter — grandes secretarias “de porteira fechada”.
Themístocles já estaria bem agraciado com a própria Assembleia Legislativa — onde ele se tornou presidente pela oitava vez num consenso entre os aliados de Wellington —, e para João Mádison e Marco Aurélio ficariam com alguma “pastinha” de segundo escalão para movimentarem suas próprias emendas parlamentares. Henrique Pires, nessa avaliação do Karnak, ficaria com algo ainda menor: nada.
Acontece que, teoricamente, o acordo feito entre o governador era para que Wellington destinasse os espaços ao MDB e, internamente, seus integrantes fizessem a divisão.
Mas se os cargos já saírem do Karnak destinados a parlamentares específicos, quem ganhar mais não vai dividir, que tiver menos — ou não tiver nada —, também não terá como equilibrar a balança.
Wellington Dias sabe dividir para conquistar.
O senador Marcelo Castro não foi encontrado para comentar a questão.
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