O governador Wellington Dias (PT) tem pelo menos três pré-candidatos à prefeito de Teresina. O Dr. Pessoa está ali no MDB e, além dele, há outros dois. Se para facilitar ou confundir ainda não se sabe, mas a “coincidência” atende pelo nome de Fábio.
O petista Fábio Novo passeia num campo minado dentro de seu partido. Tem o apoio da vice-governadora Regina Sousa e do presidente da sigla, o deputado Assis Carvalho. Para este grupo, a avaliação é a de que ter o prefeito de Teresina dentro do partido facilita a manutenção do governo com o PT em 2022. Com o plano de lançar a própria Regina à reeleição com a saída de Wellington pro Senado.
E antes que você, leitor, pense “nada a ver!” ou exclame um “absurdo!”, basta dizer que quando fomos os primeiros a falar que Regina Sousa seria vice de Wellington em 2018, as reações mais comuns enfrentada por ela foram a gargalhada, o deboche, a piada. E está aí: a mulher foi eleita numa chapa pura do PT e é a segunda no comando do Estado.
Adiante.
No mesmo partido, Fábio Novo ainda enfrenta o desgosto da primeira-dama Rejane Dias. A deputada federal tem suas (grandes) diferenças pessoais e políticas com este Fábio. E não quer vê-lo — dizem os bastidores — ascender além da Assembleia ou da Secretaria de Cultura.
Um terceiro grupo — o mais municipal do PT — quer mais é que Fábio Novo seja vice de Fábio Abreu (PL), o outro Fábio de Wellington. A expectativa é pelo anúncio da desistência em meados de abril. Petistas também estariam de olho numa suposta “superestrutura milionária” que o secretário de Segurança teria reservado para este pleito.
Além disso, hoje Fábio Abreu se destaca nas pesquisas de intenção de voto, estando atrás, apenas, de outro candidato da base de Wellington, o emedebista Dr. Pessoa, líder na preferência popular.
Mas Fábio Abreu tem fugido do PT como o diabo foge da cruz. Quer o apoio do governador, mas nada do partido dele na chapa. O receio é exatamente o de que o PT contamine sua campanha. Uma contradição sem tamanho, afinal, Abreu nem precisa ser filiado ao partido de Wellington para ser chamado de petista: basta o modus operandi.
Neste momento, o governador Wellington Dias apenas ganha tempo para decidir, mais adiante, o que é melhor para ele.
Só depois os outros.
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