OLIVEIRA NETO REITERA QUE SERÁ DA BASE GOVERNISTA
GESTÃO DE DR PESSOA CONTRATA EMPRESA QUE PRESTA MENOS SERVIÇO E É MAIS CARA. DETALHE: SEM LICITAÇÃO!
15/09/2021 14:40Virou esculhambação. E logo na Saúde, onde a Prefeitura Municipal de Teresina gasta mais de um terço de todo o seu orçamento.
Quando Doutor Pessoa (MDB) iniciou sua gestão, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) mantinha um contrato de fornecimento de serviços de exames laboratoriais com a empresa Labinbraz Comercial LTDA. O contrato 106/2018 teve origem numa licitação ampla com concorrência nacional, realizada em 2017 e tinha validade assegurada até o mês de abril de 2022.
Mas a gestão de Pessoa bagunçou a FMS.
O prefeito médico está dizendo a que veio.
Cota pessoal do prefeito – e que contempla o deputado estadual Pablo Santos, também do MDB – o atual presidente da FMS, Gilberto Albuquerque cancelou esse contrato. E contratou outra empresa, a Ortho Clinical Diagnostics do Brasil Produtos para Saúde LTDA.
A nova fornecedora é uma empresa que oferece menos exames, é mais lenta na oferta de resultados e cobra mais caro. Bem mais caro. Sem licitação, aliás.
O contrato anterior (106/2018), licitado com a Labinbraz – braço comercial da multinacional Wiener Lab. – era de R$ 3 milhões de reais. O novo contrato, sem licitação, é de R$ 3,6 milhões, ou seja, R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais) de diferença para ter menos exames, esperando um tempo maior pelos resultados.
Como é prevista a possibilidade de que ele se estenda por 5 anos, a soma total é de R$ 3 milhões a mais. Considerando que esse é o valor do contrato antigo e que ainda estava valendo, é como se Doutor Pessoa jogasse um ano inteiro de exames no lixo e, ainda assim, pagasse por eles.
A informação sobre essa bomba que está prestes a estourar no colo do prefeito veio de fonte ligada ao gabinete do vice-prefeito, Robert Rios (PSB). Segundo a fonte, Robert já desconfia “da cara de bom moço” de Gilberto Albuquerque há meses, mas tem evitado confronto por conta da amizade entre o presidente da FMS e o prefeito de Teresina, ambos médicos.
Outra questão: a diretora-geral da FMS, Lilibeth Sales Carvalho, também é amiga da primeira-dama Samara Conceição (que o prefeito Doutor Pessoa já chegou a chamar de Samantha), já conhecida por ser "perseguidora", inclusive nas redes sociais.
“Fica complicado [para fazer algo a respeito das denúncias], o ‘véi’ já não é fácil. E Aquela mulher dele gosta de se meter, de mandar, de comprar briga sem nem saber de nada, imagine com amiga dela pelo meio. Por isso é bom vir de fora”, alegou a fonte, que revelou um comentário em tom de piada já está circulando nos bastidores. “Foi só o Gilbertinho fazer um estágio no Governo [do Estado], que já veio pra PMT dar aula [de malandragem]”, citou.
A “brincadeira” que circula nos bastidores se refere ao fato de que Gilberto Albuquerque era dos quadros da PMT até o ano de 2019 (passou quase uma década no comando do Hospital de Urgências de Teresina), até que foi convidado pelo deputado Pablo Santos para assumir a gestão do Hospital Getúlio Vargas. De lá, retornou a convite de Pessoa para a FMS, mas, agora, estaria utilizando o “modelo de gestão” do qual se tem mais notícia dentro do governo estadual.
A Fundação Hospitalar (FEPISERH), à qual é subordinada o HGV, é alvo de investigação da Polícia Federal, exatamente por suspeitas de contratos direcionados e sobrepreço em compras relacionadas ao combate à pandemia de Covid-19. E nesse tempo, Gilberto Albuquerque estava por lá.
O Política Dinâmica entrou em contato com a PMT, mas a Comunicação da Prefeitura, subordinada à Secretaria de Finanças, não quis se manifestar.
Em contato direto do PD com o vice-prefeito Robert Rios (que também é secretário de Finanças), ele foi questionado sobre ter ou não conhecimento ou suspeitas de corrupção na FMS.
A respeito de contratos firmados por dispensa de licitação, citando um contexto genérico, disse que “esse tipo de contrato tem respaldo legal quando o caso está diante de urgência ou emergência e, ainda sob decreto de calamidade. É um tipo de contrato de tempo curto enquanto se faz a licitação que é forma normal de subsidiar contratos”. Tempo curto, não é o caso específico: o contrato denunciado é de até 5 anos, como já foi dito anteriormente.
Posteriormente, enviou ao PD um fragmento de um texto (não é possível identificar de que trata o documento em sua totalidade) no qual consta como justificativa para a troca de fornecedor o "princípio de eficiência na administração pública".
Já sobre a FMS e a gestão de Gilberto Albuquerque, Rios alega que Doutor Pessoa mandou fazer auditoria em toda a PMT, a começar pela Fundação e que o resultado estará disponível “em no máximo dez dias”, o que faz até os menos atenciosos entenderem que a situação por lá já chama atenção há algum tempo.
Não foi possível o contato com a Ortho Clinical, com Gilberto Albuquerque e Lilibeth Sales, mas o espaço está aberto para manifestações.
A assessoria jurídica da FMS não quis comentar o caso.
OLIVEIRA NETO REITERA QUE SERÁ DA BASE GOVERNISTA
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