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Ciro olha com cuidado para o atual cenário político do Brasil e diz que há muito risco em 2018 (foto: Marcos Melo | politicaDinamica.com)

Em sua passagem pela cidade de Timon-MA, após ter feito caminhada em Teresina-PI, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) alertou: ódio e paixão não são bons conselheiros nas eleições de 2018. O pedetista acredita que este ano vai representar a maior responsabilidade do eleitor em toda a história da democracia do país. E assegura: não está exagerando. Jair Bolsonaro (candidato do PSL à Presidência), em seu entendimento, tem se aproveitado do sentimento de revolta que impede o eleitor de enxergar outro risco que bate à porta: o fascismo.

Primeiro Ciro pintou a crise com alguns números alarmantes Com mais de 13 milhões de brasileiros desempregados, com mais de 32 milhões e brasileiros vivendo de fazer bicos nas ruas do país, com mais de 63 milhões de brasileiros humilhados com nome sujo no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), a economia é incapaz de reagir à crise. Ainda mais tendo fechado mais de 200 mil pontos de comércio e mais de 13 mil indústria nos últimos 3 anos.

Ciro Gomes fez o público bater palmas para suas propostas (foto: Marcos Melo | PoliticaDInamica.com)

O candidato foi taxativo: a coisa, definitivamente não vai bem na economia desde o “desmantelo do governo Dilma, ao fundo do poço do governo Temer”. O que não é de se estranhar, afinal, os dois faziam parte de uma mesma chapa em 2014.

Mas a violência está no radar do risco real e imediato sob o olhar de Ciro. Utilizando mais dados, lamentou uma tragédia: nos últimos 12 meses, foram mais de 63 mil assassinatos. “Quase todos jovens, negros, pobres e das periferias”, frisou. A selvageria também alcança as mulheres de maneira cruel: 60 mil mulheres estupradas no último ano.  

“O povo não pode desacreditar e dar uma nova chance ao Brasil”, pediu.

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Foi quando abordou o tema “Jair Bolsonaro”. Para ele, “diante do desmantelo, a revolta sem idéia, vira ódio, a revolta sem projeto, voar violência, a revolta sem plano, vira violência física”.

Ciro apresentou suas credenciais de honestidade e firmeza em gestão ao povo aos amigos nordestinos (foto: Marcos Melo | PoliticaDInamica.com)

Ciro explicou o fenômeno Bolsonaro e o comparou ao surgimento do fascismo e do nazismo. “Surgiu um político que sabendo da revolta do povo, compreendendo que é justa a revolta do povo — com a violência impune, com a ladroeira impune, com tudo enquanto de perverso que tem acontecido no nosso país e nos erros da própria esquerda —, aparece um Bolsonaro”.

Seguiu apontando o o problema que Bolsonaro traria ao país, dividindo ainda mais o Brasil. “Com frase feita, ligeira demais, querendo resolver os problemas estigmatizando a mulher, estigmatizando o negro, estigmatizando pessoas que têm orientação sexual diferente, estigmatizando nordestino, porque essa é a lógica do fascismo. Foi assim que o [Adolf] Hitler levou a humanidade à maior convulsão da história: 70 milhões de pessoas morreram, por esse tipo de preconceito”, disse se referindo ao holocausto.

Comparou, por fim, o próprio fascismo/nazismo a uma cobra, que deve ser morta antes que cresça e seja impossível de se controlar.

Veja o discurso de Ciro na íntegra:


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