A Caixa Econômica Federal tem que avaliar com uma lupa as prestações de contas que o Governo do Estado do Piauí lhe entregou há uma semana. Os 10 volumes de caixas de papelão entregues pelo secretário Rafael Fonteles (SEFAZ) devem mostrar como foram gastos R$ 307 milhões referentes à primeira parcelas de um empréstimo que soma R$ 600 milhões. E é pré-requisito para que a gestão de Wellington Dias ponha as mãos em mais R$ 315 milhões, de outra operação de crédito no mesmo banco.

Acontece que uma ação civil pública de autoria do advogado Valter Alencar pediu que o Ministério Público Federal pudesse investigar como todo esse dinheiro foi investido, após vários indícios de desvios de finalidade terem sido encontrados no uso desses recursos pela equipe técnica do Tribunal de Contas do Estado. "Em ano de eleição, esse dinheiro pode estar sendo usado com alguma finalidade eleitoreira, e não para seu objetivo de bem estar social do povo piauiense", comenta Valter.

Em entrevista ao Política Dinâmica, Valter Alencar se disse preocupado com as pressões políticas em cima dos funcionários da Caixa Econômica, mas revelou confiança na instituição, que pediu 45 dias para analisar a documentação e as obras realizadas. Até lá, segundo o banco, nenhum outro recurso será liberado para o Governo do Estado.

Confira mais detalhes na entrevista abaixo!