REGINA DESTACA MISOGINIA CONTRA DILMA NO PROCESSO DE IMPEACHMENT

por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

Única senadora inscrita do Piauí para questionar a presidenta afastada Dilma Rousseff (PT), Regina Sousa (PT) avaliou que o fato de Dilma ser mulher foi o suficiente para causar insatisfação na oposição. "Mulher não pode, precisa de permissão, aí não é seu lugar", afirmou, completando que a presidenta não representa os interesses conservadores.

"A senhora ousou presidenta, quando se tornou presidenta da república, sendo mulher, de esquerda e sem marido para posar na fotografia. Ainda que não belo e recatado do lar. A senhora não cabe na elite conservadora desse país", afirmou.

Na pergunta, Regina pediu que Dilma falasse das medidas tomadas por órgãos durante o seu governo, como TCU, e que hoje são responsáveis pelo seu impeachment. A senadora instigou a presidenta afastada a discorrer se não haveria comprometimento na credibilidade destas instituições.

Dilma agradeceu as palavras da senadora e usou seu tempo para reafirmar a hipótese de Regina. A presidenta ainda ironizou a situação e disse estar ciente dos diversos empecilhos descritos pela senadora.

"Tem sempre um componente de misoginia e preconceito contra as mulheres nas ações que ocorreram contra mim. Fui descrita como uma mulher dura em meio de vários homens 'meiguíssimos'. Mas nós não precisamos dizer que os homens são duros, porque nós já sabemos", afirmou enfatizando que isso não a desestimula. "A minha vida me ensinou e por isso eu sou a mesma mulher que enfrentou a ditadura", completou.

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