Enquanto Câmara dos Deputados e o Senado discutem a necessidade de uma reforma política, onde muitos são os defensores da redução do número de partidos – por exemplo, o deputado federal Marcelo Castro e o senador Elmano Férrer, ambos do PMDB – propostas chegam ao Tribunal Superior Eleitoral para a criação de novos partidos. São 57 novos registros que aguardam decisão do órgão e, se aprovadas, se juntarão aos 35 já existentes, totalizando 92 agremiações partidárias.

Os partidos em formação trazem, em seu nome, um pouco da ideologia que defendem. A vontade de mudança diante do cenário político nacional tem vez com o Muda Brasil (MB) e o cristianismo também é representado: seis são os partidos que se definem com o termo cristão e algum outro complemento. Esporte também está na pauta, com o Partido Nacional Corintiano.

O Partido Militar Brasileiro neste momento busca assinaturas e traz propostas de apoio à ditadura. A nova Arena revive os ideais do partido político que dava sustentação ao regime militar; o novo Prona também segue a ideologia do partido de Enéas Carneiro. O NOS (Nova Ordem Social) tem apoio no Piauí na busca por assinaturas para que o registro seja efetivado. É necessário, para cada nova legenda interessada, obter um total de assinaturas que correspondam a 0,5% do total de votos válidos na Câmara Federal no último pleito.

Entre os diversos setores da sociedade, muitos são os interessados no fundo partidário e pleiteiam uma fatia do bolo. A previsão deste ano é de R$ 728,5 milhões para o fundo.

Com informações da Folha de S. Paulo e Tribunal Superior Eleitoral.