Todos os parlamentares piauienses tiveram emendas liberadas durante os meses de junho e julho, mas os valores foram diferenciados. Segundo a base governista, isso ocorre por razões técnicas. Os deputados Heráclito Fortes (PSB) e Paes Landim (PTB), por exemplo, negam qualquer relação entre a liberação dos recursos e a votação que decidirá se o Supremo Tribunal Federal julgará a denúncia.
Eles rebatem as críticas que apontam a liberação como compra de apoio ao presidente Michel Temer (PMDB), que está sob acusação, e defendem a lisura do processo de liberação dos valores. Este ano, em dois meses, a maioria desses parlamentares recebeu mais dinheiro que em todo o exercício de 2016 e por isso mesmo a medida é vista com desconfiança pela opinião pública.
O peemedebista Marcelo Castro foi o campeão de emendas liberadas, com R$ 10.910.804,55. Além deles, Iracema Portella e Ciro Nogueira, ambos do PP, também receberam mais de R$ 10 milhões cada.
Os deputados explicam que os valores correspondem a emendas impositivas – que a União é obrigada a pagar –, além de valores ainda devidos de outros anos. A votação da denúncia ocorre na próxima quarta-feira (2).
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