Chico Lucas zangado com denúncia feita por promotor de Justiça

O secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas, deixou claro, até demais, que não gostou da revelação ou da forma como foi revelada denúncia de uma suposta coação feita por uma facção criminosa a profissionais que trabalham em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) de Teresina. O caso foi relatado nesta segunda-feira, 07, pelo promotor de Justiça Eny Pontes durante entrevista à imprensa local.

O secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas (foto: Jailson Soares | PD)

A declaração do secretário

Bastante chateado, Lucas disse nesta terça-feira, 08, também em entrevista à imprensa, ter solicitado ao promotor mais detalhes sobre a denúncia. Além disso, o secretário cobrou (sem citar o promotor) "responsabilidade" e aproveitou para criticar o fato de Eny ter publicizado o caso. 

"Nós temos que ter responsabilidade e o Ministério Público também tem que atuar no combate ao crime organizado. Então, o promotor deveria colher esse depoimento e tomar as providências nesse caso, e não só lançar na imprensa", disparou Chico Lucas.

A zanga foi grande, hein...

A denúncia 

Eny garantiu ter recebido informações dando conta de que faccionados estão fazendo uma espécie de triagem em uma Unidade Básica de Saúde da capital. A ordem dada seria para que pessoas ligadas a facções rivais não sejam atendidas no local. 

O promotor Eny Pontes durante audiência pública no Ministério Público do Piauí (foto: Divulgação | MPPI)

O fato foi relatado após audiência pública realizada na segunda-feira, na sede do Ministério Público do Piauí, voltada ao debate da segurança dentro das unidades de Saúde da capital. 

De acordo com Pontes, o caso foi denunciado ao MPPI por uma médica. A profissional não teve o nome revelado.

"Ele [Eny] tem a obrigação de indicar o nome da profissional e qual paciente deixou de ser atendido por conta dessa violência [...]. Eu quero que o promotor indique os nomes e, pode ter certeza, se isso tiver acontecido, vai ser apurado [...]. Eu pedi para ele que ele me dê os dados. Então, assim, eu digo com toda a clareza, nenhum crime chega ao conhecimento da Secretaria de Segurança Público deixa de ser apurado, nenhum. Por mais banal que seja". 

O promotor também não informou o nome da UBS onde a triagem estaria sendo imposta. 

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