O não-texto

Olá, tome assento, há muito por conversarmos. Perceba que, de mim, não existem cobranças além daquelas regimentadas pela própria condição do seu labor, embora saibamos que "alguns dos seus" incorreram em desvios. Cá entre nós, tem acontecido tanta coisa no mundo da política (com pê minúsculo), que os analistas desta política se digladiam em definir a situação presente como progresso ou retrocesso. Eu particularmente não vejo com bons olhos tanto bradar, já que o limite entre o caos é tênue, mas, acredite, a filha de um tal "laissez-faire"social, numa certa feita, haveria de aparecer. Quem é a filha? Diga-me, você sabe. Corrupção! Quão pesado é esse nome...agora, te desafio a achar os pais desta que é bastarda e que anda por aí atrás de seus ancestrais biológicos. "Eu não sabia", "a culpa não é minha". Essas frases o brasileiro não mais tolera e, mesmo que não lhe custe o cargo para o qual você foi designado, o brado retumbante vai tirar-lhe o sono. E o sossego. Talvez o crédito. Certamente a moral, a sua, vai estremecer. E as coisas ficarão mais difíceis administrativamente ou no que se refere à burocracia das leis, para o Executivo e Legislativo, respectivamente. A não ser que você tenha interesse em morar em outra terra tupiniquim e assistir ao "pão e circo". Há quem saiba empregar o jargão "caça às bruxas" sem nunca ter presenciado uma pirataria intelectual. Os reacionários misturam-se às massas e ecoam. Isso é perigoso para mim e para você. Porém, alguém terá de pagar a conta e muitos já lavaram as mãos. Ou se é transparente ou se dá aos homens de bem a honestidade. A quem endereçar o artigo? Ah, perdoe-me o devaneio, acabei escrevendo uma fábula.

Eis, pois, uma breve explicação sobre "não-texto"

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