A direção nacional do Partido da República (PR) confirmou a expulsão do deputado federal Silas Freire. Sem partido no momento, o parlamentar se diz “aliviado” e “tranquilo” com a decisão do partido de expulsá-lo. Ele afirma que as diferenças ideológicas são muito grandes e não haveria mais condições de continuar na legenda.

“Recebi essa decisão com tranquilidade. Já vivia um conflito com o partido. Estava nove meses suspenso das atividades partidárias. Tenho uma posição ideológica diferente do partido. Não havia mais condições de continuar”, declarou.

A crise com o PR teve início depois que Silas votou contra a PEC de redução de gastos proposta pelo presidente Temer (PMDB). A legenda apoiou o governo e Silas não obedeceu a orientação, votando contra. A expulsão ocorreu depois que ele anunciou que iria votar contra a reforma da Previdência.

PODEMOS

O deputado anuncia que fará uma consulta a assessoria jurídica para decidir sobre a filiação ao “Podemos”. “Vamos consultar juridicamente para saber quando poderemos nos filiar ao Podemos. Deve realizar um ato de filiação quando for possível”, afirmou.

TEMER

Sobre as gravações que supostamente incriminam o presidente Michel Temer (PMDB), Silas afirma que o único caminho é a renúncia. “Acho que o mais digno seria a renúncia. Desde o impeachment da ex-presidente Dilma (PT) eu defendi eleições gerais. Isso não foi possível. Mas o episódio de ontem não deixa outra saída para o Temer”, afirmou.

Silas afirma que o melhor caminho seria o Congresso convocar eleições diretas. “Não há a menor possibilidade desse Congresso eleger um presidente de forma indireta. É o povo que tem que escolher. Vamos colocar nas mãos do povo. Se escolher errado já é outro assunto”, disse.