O deputado federal Silas Freire (PR), que é suplente, se pronuncia contra a reforma da Previdência proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB). Ele afirma que o texto em análise pela Câmara Federal não respeita as diferenças regionais.

Mesmo se colocando contrário ao texto Silas deve ser impedido, pelo governador Wellington Dias (PT), de votar. O petista irá liberar os titulares das cadeiras na Câmara, os secretários Fábio Abreu (PTB) e Rejane Dias (PT), para retornarem à Casa e votarem contra a proposta. Wellington teme que os suplentes Silas e Mainha (PP) votem com Temer.

No caso de Silas, o deputado não representaria risco aos interesses de Wellington e do PT. Ele afirma que mesmo com as últimas alterações no texto da reforma continua votando contra.

“O texto da reforma evoluiu bem. O governo fez algumas concessões. Ele era muito mais perverso na sua forma original. Mas ainda não é aquilo que o povo precisa. Eu entendo que a vida do nordestino, dos piauienses, não pode ser calculada igualmente a vida de um sulista. Eu posso comparar a vida de um agricultor no Piauí com a vida de um agricultor no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina? Não. É muito desigual. A forma de previdência tinha que ser diferenciada. Eu posso comparar as condições de um trabalhador rural do Nordeste com o do Sul do país? Não posso. É preciso uma Previdência que respeito as diferenças regionais”, declarou.

O parlamentar ainda faz uma comparação entre a previdência pública e a privada. “Colocamos em um só pacote a previdência privada e pública. A pública é que traz o rombo para os cofres públicos, com uma média salarial de R$ 7 a R$ 8 mil. A Previdência privada tem média de um salário mínimo. Então ela não quebra ninguém, mas colocamos tudo em um mesmo pacote”, declarou.