“HÁ UMA SITUAÇÃO INEGÁVEL DE ATRASOS”, DIZ MERLONG SOLANO

O drama dos trabalhadores terceirizados que prestam serviços ao governo do Estado está longe de terminar. O secretário de Governo, Merlong Solano (PT), confirma que os atrasos são reais e culpa a crise econômica nacional e o déficit da Previdência estadual pelos atrasos nos repasses às empresas terceirizadas.

Alguns trabalhadores relatam que estão há quatro meses sem receber. Eles afirmam que já passam necessidades e estão com as contas atrasadas por falta de dinheiro. A categoria tem feito paralisações pontuais e ameaça realizar uma greve geral.

Merlong Solano afirma que atrasos são reais (Foto:JailsonSoares/PoliticaDinamica.com)

Segundo Merlong, a crise e os atrasos dos terceirizados são inegáveis. “Há uma situação inegável de crise e atrasos. A nossa arrecadação própria, graças a Deus, respondeu melhor do que as transferências federais. Se não fosse isto, não apenas o salários dos terceirizados estariam atrasados, mas também, os salários dos servidores. E o programa de obras em andamento estaria completamente parado. E não apenas andando mais devagar do que nós esperávamos e queremos”, declarou.

Merlong afirma que no ano de 2017, o governo do estado destinou mais de R$ 1 bilhão para compensar o déficit da Previdência. Isso causou desequilíbrio nas contas públicas e favoreceu os atrasos para os terceirizados.

“É forçoso reconhecer que o Estado sofre os efeitos da crise econômica que já se arrasta há três anos. Isso repercute sobre a queda da arrecadação combinada com o problema estrutural da folha de pagamento do Piauí em que o déficit da Previdência consome boa parte da receita. Esse ano de 2017 foi quase R$ 1 bilhão e pode ser maior em 2018. São dois problemas combinados. Um problema estruturado com a nossa folha, déficit da Previdência com o problema conjuntural da crise econômica que já se arrasta há três anos. Isso tem efeitos e um deles recai sobre os terceirizados. Há problemas de atraso de pagamento que repercutem sobre a capacidade das empresas pagarem os terceirizados”, explicou.

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