A escolha do presidente da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa tem acirrado o conflito entre o governo e a oposição. O líder da oposição, Robert Rios (PDT), e o líder do governo, João de Deus (PT), vivem verdadeiro cabo de guerra pelo cargo.

O problema é que Robert foi eleito presidente, mas o governo não aceita. Segundo João de Deus, o PDT – partido de Robert – já tem a direção de duas comissões. Se ele comandar a Segurança vai para três. Isso não seria aceitável já que o consenso na Casa é que cada partido tenha duas comissões.

Robert afirma que a questão é política. Segundo ele, o governo quer retirá-lo do comando da pasta por ele ser oposição. Aliados da base do governo avaliam que seria ruim para o secretário de Segurança, Fábio Abreu (PTB), ter o Robert Rios no controle da comissão. O deputado é crítico do trabalho de Abreu e tem feito muitos pronunciamentos contrários ao petebista.

João de Deus nega e afirma que a questão é interna e passa pelo acordo firmado entre os partidos. O desejo do Palácio do Karnak é que o deputado Fernando Monteiro (PRTB) assumisse a presidência da comissão.

“O presidente natural seria do PRTB considerando que o PSDB e o PDT já tiveram as suas indicações em duas comissões. Nenhum partido tem três comissões. Não havendo acordo vai para o voto. Se a maioria achar que deve ser esse bloco PDT/PSDB a indicar o presidente, iremos acatar. Mas é preciso ter uma votação se não chegarmos ao acordo. Deve-se respeitar a vontade dos parlamentares. Da minha parte não vai ter nenhuma reação contrária se for a vontade da maioria. Vou aceitar o resultado com muita naturalidade”, afirmou negando qualquer problema pessoal com o nome de Robert Rios.