O deputado Luciano Nunes (PSDB) é pré-candidato ao governo do Estado. Depois de ter o nome colocado na disputa de forma tímida, ele agora “pegou gosto” pela ideia e tem trabalhado para tornar o nome viável até o final de março.
O único empecilho a possível candidatura do tucano é outro tucano de fina plumagem e de grande influência no partido: o prefeito Firmino Filho (PSDB). Analisando também a possibilidade de concorrer ao governo, Firmino "não ata nem desata". Ele não confirma a candidatura, mas também não nega.
Em entrevista ao Política Dinâmica, Luciano Nunes falou sobre a possibilidade de ser candidato e da expectativa por uma resposta do prefeito Firmino Filho. Ele afirma que o prefeito é indiscutivelmente, a primeira opção do partido. Mas destaca que Firmino tem sinalizado que não será candidato.
“Essa é uma decisão do prefeito. Não há dúvidas de que ele é o candidato de consenso do PSDB. O meu nome e outros que eventualmente venham a surgir, ocorrem diante das manifestações do prefeito de hoje sinalizar para não ser candidato. Mas caso o prefeito decida ser o candidato, ele é o consenso do PSDB e creio que de todas as oposições. Ele é visto como o melhor candidato, aquele que é prefeito da capital, grande gestor e será um grande governador se assim se manifestar”, afirma.
Enquanto Firmino não se decide, Luciano tem conversado com a oposição. “Esse é um processo natural, de construção, de fortalecer o diálogo do PSDB com os outros partidos. Começar a debater e discutir um projeto que pode se somar à candidatura do prefeito Firmino ao governo, se ele assim se manifestar. Então uma coisa não invalida a outra. Vamos conversando para fortalecer a posição rumo as eleições 2018”, disse.
Na manhã desta segunda-feira (08), Luciano esteve reunido com o ex-governador Wilson Martins. Eles falaram sobre uma possível formação de chapa. Wilson é pré-candidato ao Senado. “Temos um prazo que deve ser respeito, que é o da legislação eleitoral. Até lá vamos discutir, debater e construir esse prazo juntos. Acho que o quanto antes tiver um nome, melhor. Temos um período de campanha muito curto, 45 dias, e até lá tem que construir uma proposta e projeto de governo. Isso requer tempo, discussão, debate, conversa. Esse prazo vai ser construído. Não é decisão unilateral. A oposição irá se formar de vários partidos. Vamos conversar com todos e saber qual o melhor momento, o melhor nome e o prazo. Não podemos atropelar os fatos”, comentou.
Com comportamento de quem já é pré-candidato, Luciano não poupou críticas ao governador Wellington Dias (PT). O deputado diz que é um candidato jovem, com vontade e disposição. Ele afirma que o modelo de governar do petista já estaria ultrapassado.
“Temos que mudar a forma de gerenciar e administra e buscar uma gestão eficiente e uma nova forma de fazer política. Eu sou jovem, tenho vontade e disposição. Coloco meu nome À disposição. Vivemos uma crise e o governo em vez de racionalizar o gastos e enxugar a máquina, ele torna a máquina maior e mais pesada. Cria nove coordenadorias, para acomodar aliados, e não foca na eficiência da gestão. Ele só fala em empréstimo. Piauí não pode ficar nessa dependência de recursos externos, temos que fomentar o desenvolvimento e crescimento econômico de setor produtivo e gerarmos nossa riqueza. Esse é o foco e queremos construir isso com as outras formas de oposição e com a sociedade”, comenta.
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