Margarete Coelho (PP) não é uma vice "decorativa". Atuante e autêntica, ela se impõe como governadora todas as vezes que precisa assumir o cargo em razão das viagens de Wellington Dias (PT). É preciso admitir que a sertaneja natural de São Raimundo Nonato é carismática, qualificada e possui uma imagem sem máculas.

Pena que ela não seja cogitada para cargos maiores! Mas, pelo menos agora, isso ainda é compreensível, afinal, Wellington tem direito à reeleição e ela se mostra fiel politicamente a ele, com quem foi eleita em 2014. Querer o governo agora poderia soar traição ou coisas do tipo, fatores negativos que ela não carrega em sua carreira política.

No entanto, ter o cargo de vice ameaçado é algo a se lamentar. Mulher, carismática, competente e ficha limpa, Margarete é um dos bons quadros políticos do Piauí. Mas, o interesse do PMDB pela vaga pode tirá-la da chapa de Wellington. O algoz nessa disputa é Themístocles Filho, desprovido de todas as qualidades que Margarete possui.

No atual blocão de Wellington Dias, ninguém é mais merecedor dessa vaga do que ela, que, além do simples fato de já estar no cargo, mostrou que não é uma vice coadjuvante. Mas talvez o PMDB não se importe muito em um vice ser ou não decorativo, pois o vice-prefeito de Teresina, Luiz Júnior, é peemedebista e, por sinal, indicado por Themístocles.