Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O deputado federal Rodrigo Martins (PSB) declarou em entrevista ao jornal Diário do Povo que não vê possibilidade das reformas serem aprovadas nesse momento, dada a conjuntura política em Brasília. Em razão disso, caso a reforma da Previdência seja colocada em votação, as mudanças serão pequenas porque o governo tentará de tudo para não sair derrotado. Além disso, para o pessebista, a base está despedaçada. Ele defende a necessidade de uma reorganização política da base.

“O governo se fizer uma reforma agora vai ser meia sola, por conta da divisão da base. Existem muitas discussões e debates entre os deputados. Não digo que quem votou a favor da denúncia vai se aliar ao PT ou ser contra o governo, mas existem descontentes que podem deixar a base”, alertou Martins.

É sabido de todos que a relação do presidente Michel Temer (PMDB) tem um baixo nível de aprovação e isso não ocorre apenas entre a população de uma forma geral. As relações entre o peemedebista e o parlamento também estão fragilizadas, o que justifica a debandada de partidos da base – como é o caso do próprio PSB de Rodrigo – e a liberação de quantias vultosas em emendas para que os parlamentares votem com o governo – especialmente no caso da denúncia da PGR –, conforme reportado em diversos veículos da imprensa nacional.

Temer vem travando uma verdadeira luta não só para que as matérias propostas por ele sejam aprovadas, como também para se livrar das acusações que recaem sobre ele. O principal argumento dos aliados é de que o presidente deve permanecer onde está em nome da governabilidade e dos bons índices econômicos. Por outro lado, se observa uma clara dificuldade do peemedebista em ser seguido de forma espontânea.