“NÃO EXISTEM TANTAS IDEOLOGIAS PRA TER TANTOS PARTIDOS”, AFIRMA MAIA FILHO

Distritão não é ponto consensual por conflito de interesses, explica Maia Filho (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O deputado federal Maia Filho (PP) falou, em entrevista ao Política Dinâmica, sobre os debates da reforma política na Câmara dos Deputados e no que a proposta pode resultar. Segundo o parlamentar, já existem três pontos consensuais sobre o tema entre os partidos: o fim das coligações em 2020, a aprovação da cláusula de barreira já para 2018 e o financiamento público de campanha por meio de um fundo partidário.

O parlamentar defende a cláusula de barreira como um meio importante para a organização do sistema político, com a diminuição do número de partidos.

“O partido tem que atingir, a princípio, pelo menos 1,5% dos votos agora em 2018, em cinco estados no mínimo. Caso isso não aconteça ele vai perder direitos a fundo partidário e tempo de televisão. Com isso já se prevê a diminuição de treze partidos. O Brasil é um dos países que mais tem partidos. Não existem tantas ideologias pra ter tantos partidos”, declara.

Sobre o fundo partidário, ele explica que será baseado na metade dos gastos da eleição passada.

Já o distritão é um ponto mais complicado, conforme tem se observado pelos debates. Maia Filho diz que não há fechamento nem acordo sobre o modelo, porque “cada parlamentar vai votar de acordo com o que ele entender que seja melhor para a sua própria eleição, é assim que funciona”.

Ele vota a favor dos demais pontos, mas ainda não tem posicionamento definitivo sobre o distritão. “É uma proposta que é melhor para o eleitor, quer dizer, que o eleitor compreende melhor, mas por outro lado enfraquece os partidos. Os partidos ficariam enfraquecidos no sentido de que cada candidato representa um partido, não é mais aquele grupo de pessoas que somam votos para um partido, pra uma legenda”, assinala.

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