Direito. Está aí uma coisa que a gestão de Wellington Dias (PT) não respeita. Ainda mais se o direito é dos mais pobres. O Orçamento de 2019 traz uma infeliz surpresa para quem depende dos serviços da Defensoria Pública: a instituição vai ter corte de 1,35% em seus recursos, enquanto o Executivo projeta um aumento de sua receita líquida de 3,51%.
Isso significa que a Defensoria vai perder R$ 1.155.311,00 (hum milhão, cento e cinquenta e cinco mil e trezentos e onze reais) enquanto o governo de Wellington Dias cresce R$ 371.442.356,00 (trezentos e setenta e um milhões, quatrocentos e quarenta e dois mil e trezentos e cinquenta e seis reais). É mais de quatro vezes todo o orçamento da Defensoria.
Com ampla maioria na Assembleia e na imprensa, o governador não deve ter problemas para aprovar o Orçamento desse jeito. Enquanto isso, parceira do governo de Wellington Dias, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí, mantém-se silenciosa e desatenta, fazendo festa e alvoroço apenas na defesa da campanha eleitoral que acontece agora dentro da própria instituição. É uma farra da inoperância e da falta de compromisso com a Justiça.
Dentre várias atribuições da Defensoria, estão a atuação na defesa dos direitos humanos, na defesa da mulher em situação de violência e na defesa dos direitos da infância e da juventude.
Essa situação mostra que a preocupação de Wellington Dias com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente do Brasil passou longe de ser motivada pela preocupação com a Constituição e os direitos individuais de cada cidadão.
Talvez o atual governador não saiba, mas nem todo piauiense tem cacife para bancar os escritórios particulares da turma da Operação Topique. Nem os escritórios dos dirigentes da OAB-PI que fazem a festa nas prefeituras do interior.
Comente aqui