BASE DESATENTA

Base aprovou requerimento contrário à Prefeitura de Teresina (Foto: Ascom)

Por Lídia Brito

A Câmara Municipal de Teresina aprovou um requerimento solicitando que a Prefeitura apresente a relação de quitação do pagamento de todas as empresas terceirizadas que prestam serviço para o município. A solicitação foi apresentada pelo vereador Paulo Roberto da Iluminação (PTB), após  funcionários das empresas terceirizadas terem procurado o Poder Legislativo para denunciar o atraso no pagamento dos salários.

Na discussão do requerimento, Paulo Roberto argumentou que o envio das informações é necessário para que a Câmara Municipal descubra se a responsabilidade pelos atrasos é da Prefeitura. Paulo Roberto também apresentou outro requerimento, solicitando, especificamente, a relação de quitação do pagamento das empresas Litucera e Revita, responsáveis pela limpeza pública da capital. Este requerimento, contudo, recebeu voto contrário da maioria dos parlamentares presentes à sessão.

Na última segunda-feira,  trabalhadores das duas empresas fizeram uma manifestação em frente à Câmara para exigir providências em relação ao atraso nos salários. O vereador Paulo Roberto avalia que o primeiro requerimento colocado em votação também seria derrubado pela base do prefeito Firmino Filho (PSDB), o que só não ocorreu porque os vereadores aliados ao tucano estavam desatentos durante a votação, embora o presidente da Casa, vereador Luiz Lobão (PMDB), tenha lido pausadamente o texto do requerimento.

"Se o município estiver em dias com suas obrigações, nós faremos questão de mostrar aos terceirizados que a culpa não é da Prefeitura, e sim das empresas. Mas se os vereadores da base estão tentando omitir essas informações, é sinal de que tem alguma coisa errada", afirmou Paulo Roberto da Iluminação.

Após derrubar o segundo requerimento apresentado pelo petebista, o vereador José Ferreira (PSDB), líder do prefeito, questionou ao presidente da Câmara se o outro texto já havia sido votado. Lobão respondeu de forma enfática: "Foi votado sim. Eu li alto e de forma pausada, porém, os vereadores estavam desatentos".

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