Continua, na Câmara de Teresina, a polêmica envolvendo o veto do prefeito Doutor Pessoa (Republicanos) ao reajuste salarial dos psicólogos, educadores físicos e tecnólogos em radiologia do Município. Fala-se, há quase duas semanas, na realização da votação que poderá decretar a derrubada do ato; até agora só promessa.
Alfinetada
Enquanto isso, o assunto vem rendendo episódios de embates entre integrantes da base e oposição no parlamento municipal. Aliás, o cenário desta terça-feira (08) foi perfeito.
Houve sessão plenária, que foi acompanhada por inúmeros representantes das três categorias não contempladas. Os profissionais criticaram quem defendeu o veto, como no caso, claro, do líder do Governo, Antonio José Lira (Republicanos), e apoiaram os parlamentares que se manifestaram a favor da derrubada do veto, a exemplo de Zé Nito (MDB).
Isso mesmo, Zé Nito, que há menos de três meses era aliado do Palácio da Cidade. Fato que Lira fez questão de relembrar.
"O prefeito era Deus, e agora não é? Olha, com a lei da tecnologia, da internet, com o mudar nós temos que ter uma adaptação. O que você fala hoje pode lhe pegar amanhã. Se você tem a humildade de fazer o reparo, ainda vai, agora, quando não tem passa vergonha", disse o líder em entrevista à imprensa.
Zé Nito preferiu não entrar na pilha, preferiu só justificar o seu posicionamento.
"Aqui não se trata de cabo de guerra, aqui se trata de uma votação que essa casa legislativa votou pela inclusão pela melhoria salarial de três categorias, incluindo os psicólogos. O senhor prefeito vetou e eu me posicionei pela derrubada desse veto, justamente por entender que o senhor prefeito com sua equipe já teve bastante tempo para se organizar [...]", afirmou o emedebista.
A saída da gestão
Zé Nito "virou a casaca" após ser expurgado da gestão municipal. O parlamentar comandava a SAAD Sudeste, saiu da pasta, mas deixou um indicado, Zé Lopes, no cargo.
O rompimento aconteceu em maio deste ano, logo após a exoneração de Zé Lopes.
Sem dinheiro
Voltando a falar do reajuste, o executivo teresinense diz que não tem dinheiro para atender à demanda das categorias e tenta sensibilizar a Câmara garantindo que até o final de novembro vai negociar o aumento remuneratório das categorias.
Comente aqui