Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O governador Wellington Dias (PT) afirmou na manhã desta segunda feira (8) que está dialogando com o desembargador Erivan Lopes, presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, para agilizar julgamentos no Piauí. Ele prevê que a aplicação das penalidades previstas em lei sejam feitas com celeridade, para que o Estado possa realizar o seu trabalho, sobretudo no que diz respeito à ressocialização. O governador cobra resultados em virtude das últimas contratações para o Judiciário.

“O Tribunal de Justiça e o Ministério Público têm os seus problemas. Aqui sentamos à mesa e tratamos sobre eles. (...) O que a gente espera é cada vez melhores resultados. À medida que a gente tem todo o sistema funcionando, o que investiga, o que prende, o que faz a denúncia, o que julga e depois a Secretaria de Justiça que cuida para não fugir, para ter inclusive as condições da ressocialização”, declarou.

Dias se queixa de um episódio em especial: a soltura de nove criminosos que agiam em uma quadrilha especializada em explosão de caixas eletrônicos no Piauí. Ele critica a soltura, pois os criminosos voltariam a agir. Eles estavam presos após uma operação deflagrada para desarticular as ações do grupo.

O gestor defende uma maior integração entre os setores para que a sociedade como um todo funcione de forma harmônica e como um organismo saudável. “Se cada setor funciona, não tem perigo da sociedade perder para a bandidagem”, declarou Wellington Dias.

WELLINGTON COMENTA ESTATÍSTICAS DE HOMICÍDIO

Sem apontar uma causa específica da oscilação nos índices de homicídios, Wellington Dias apontou dois eixos principais para conter o avanço da criminalidade: de um lado, o uso da tecnologia e, de outro, a ação de pessoal qualificado.

O governador trouxe estatísticas das últimas duas décadas. Segundo ele, até 2004 havia uma curva de crescimento dos homicídios quando, naquele ano, o Piauí começou a apresentar queda neste índice, que passou para cerca de 8 homicídios por 100 mil habitantes. Quando Wellington assumiu este mandato o Piauí já vinha apresentando um novo ciclo de crescimento desse tipo de crime desde 2012. Em 2015 eram 22 homicídios por 100 mil habitantes.

“Estamos reduzindo homicídio, mas queremos reduzir assaltos, roubos, sequestros, estupros. Todas as áreas precisam ter queda”, disse em entrevista à imprensa.