Os deputados federais Átila Lira e Rodrigo Martins, ambos do PSB, se reuniram com outros nomes do setor educacional e médico para discutir uma proposta do Ministério da Educação, que objetiva a ampliação do Ensino à Distância nas graduações da área da saúde. Os parlamentares piauienses rejeitam o projeto e defendem a necessidade de atividades práticas para o profissional da saúde.
No Brasil, segundo informações da Agência Câmara Notícias, há pouco mais de 100 mil estudantes frequentando cursos de saúde, na modalidade à distância. Desses, cerca de 1.200 são alunos de enfermagem. Existem 106 cursos à distância na área de saúde atualmente oferecidos e outros 38 em processo de análise no MEC.
Por meio da sua página no Facebook, Rodrigo Martins se pronunciou contra a proposta.
“O Ministério da Educação está propondo ampliar o Ensino a Distância nas graduações da área da Saúde, como dentista. Sei da importância fundamental da prática no processo do aprendizado e fiz questão de defender contrariamente esse projeto. Registro com colegas da Odontologia que unanimemente se manifestaram contra a proposta e com o deputado Átila Lira, relator [do projeto]”, declarou.
Átila Lira é relator do projeto de lei nº 5414/2016, que proíbe o incentivo do desenvolvimento e veiculação de programas de ensino à distância em curso da área de saúde. Ele altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei 9.394/96). A norma prevê o incentivo público a cursos de EAD e de educação continuada, mas não faz nenhuma restrição à área de saúde. Átila explicou que o projeto deve ser votado no próximo mês.
Também contra a proposta, a representante do Conselho Federal de Enfermagem Dorisdaia Humerez afirmou que no curso à distância apenas 20% do tempo são dedicados a atividades de laboratório nos pólos de apoio presencial da faculdade, presentes em apenas 40% dos municípios brasileiros.
CONTRAPONTO
Em contrapartida, o presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação Luiz Roberto Curi afirmou que o ensino à distância é supervisionado com as mesmas diretrizes dos cursos presenciais e pode ampliar a oferta de curso superior no Brasil.
Com informações da Agência Câmara Notícias.
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