Profissionais ameaçam paralisação por perder insalubridade

por Francicleiton Cardoso e Viviane Menegazzo

Os profissionais de saúde dos Centros de Apoio Psicosocial (Caps) estão prometendo fazer uma paralisação na próxima semana. A movimentação se dará por conta do corte no pagamento de insalubridade dos trabalhadores dos Centros. De acordo com José Neto, funcionário do Caps Sul da capital, nem todos os funcionários recebiam o valor referente aos riscos no trabalho.

“Todos os funcionários trabalham com os mesmos riscos dos médicos e dos demais profissionais de saúde. Agora nem os médicos, nem os enfermeiros vão receber também”, afirma, colocando que a medida é fruto de cortes do orçamento na saúde.

Os funcionários dos Caps foram os mais atingidos com os cortes de insalubridade. (Foto: Divulgação)

“Essa medida é para causar economia da saúde, para poder custear as propagandas, por isso estão cortando as insalubridades. Todo mundo sabe do remanejamento de verbas da saúde para a comunicação”, completa José.

O prefeito de Teresina, Firmino Filho (PSDB), no entanto, garante que a medida está sendo tomada no intuito de fazer valer a legislação que trata do pagamento da insalubridade. De acordo com ele, alguns funcionários não deveriam estar recebendo.

Prefeito garante que medida é legal e que cortes foram necessários.

“Nós temos um problema sério na saúde que são os gastos crescentes. E nós temos que respeitar a legislação sobre insalubridade. A saúde tem que ter estrito respeito à legalidade. Os funcionários que estavam ilegal, obviamente perderam por questão de ilegalidade”, afirmou, se defendendo: “Mas temos mostrado compromisso com as diversas categorias; temos aprovado o plano de cargo e carreiras de muitas delas. Estamos trabalhando para o melhor”

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