POSSÍVEIS BAIXAS NO PSB NÃO VÃO AFETAR ESTRATÉGIA PARA 2018, AVALIA RODRIGO

Rodrigo diz que reforma política vai delinear organização do PSB na eleição de 2018 (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O PSB reuniu hoje as lideranças do partido, capital e interior, para reconduzir o ex-governador Wilson Martins à presidência da sigla. Ao Política Dinâmica, o deputado federal Rodrigo Martins afirma que o partido se organiza a partir de agora, de forma interna, para concorrer em 2018. Para tal, ele diz que o PSB é um “partido forte e consolidado”.

“Certamente nós vamos nos preparar, logo após essa renovação do diretório, visando a eleição do ano que vem. Nós todos sabemos que externamente a campanha tem o seu momento correto, mas internamente nós vamos traçar as nossas estratégias, as nossas metas para saber onde o PSB quer ficar”, diz.

DIVERGÊNCIAS INTERNAS
Questionado, Rodrigo Martins afirma que as divergências internas do PSB não terão reflexos negativos na organização interna da sigla. Os deputados Heráclito Fortes e Átila Lira são os nomes que, no Piauí, tem se colocado em contraposição ao posicionamento do partido. Eles votaram contrariamente em assuntos onde o PSB havia fechado questão – como o caso da denúncia do presidente Michel Temer (PMDB) e da reforma trabalhista.

Por uma questão de coerência, Rodrigo diz que é provável que os dissidentes se encaminhem para partidos da base, caso decidam deixar o PSB.

“O PSB tem o lado definido que é o lado da oposição. Lógico que pode ter dissidências e deverá ter não só no PSB, mas em todos os partidos, tenho em vista que a janela [partidária] vai acontecer no mais tardar em março e acontecerá mudanças de partidos. Isso não é algo que vai alterar de maneira geral na estratégia de poder”, afirma.

O PSB reconduz o ex-governador Wilson Martins à presidência do partido, com presença de lideranças de outras siglas (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

ESTRATÉGIA PARA 2018
O parlamentar explica ainda que toda a estratégia política do PSB será melhor delineada após as reformulações oriundas da reforma política, em debate na Câmara dos Deputados. “[A estratégia] depende da reforma política, de como irá ficar a votação, se será pelo sistema distritão majoritário, se será pelo sistema proporcional, com ou sem coligação”, declara.

Martins diz que não tem ainda uma posição definitiva sobre qual modelo de sistema eleitoral é mais benéfico, mas afirma que a princípio não concorda com o sistema proporcional nos moldes que ele se encontra atualmente. Ao mesmo tempo, ele não se opõe ao distritão.

“[Hoje] existe uma coalizão, uma criação de diversos partidos que terminam ficando sem tanta representatividade e terminam servindo muitos apenas como sigla de aluguel em uma eleição”, assinala.

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