Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

A recriação da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado do Piauí (Agrespi) foi uma proposta do governador Wellington Dias (PT) que vem sendo criticada pelos setores de oposição. Caso aprovada, serão criados 27 novos cargos na estrutura administrativa, de modo que a agência possa funcionar.

O deputado estadual Robert Rios (PDT) é um dos críticos. Para ele, a proposta é uma contradição com o discurso que o governo vem apresentando, de que o Estado tem dificuldades financeiras. Ele acusa o petista de tentar se reeleger às custas dos cargos criados. 

“O governo só pensa em 2018. Tem o coração, os olhos e a mente pregados em 2018. (...) O governo tem cargos demais. O Piauí tem muito mais secretarias que a França tem ministérios”, criticou. A reportagem checou essa informação: no Piauí há 21 secretarias e na França são 17 ministérios.

“Isso é uma pouca vergonha. O governo vive chorando, pedindo empréstimos. Já pediu não sei quantos empréstimos, endividando o Piauí. Ao mesmo tempo que endivida o Piauí e fala que o estado não tem dinheiro para investimentos, ele [Wellington Dias] todo mês manda para Assembleia uma nova lei criando cargos e dividindo esses cargos com os aliados dele. Eu acho isso uma pouca vergonha, um desserviço ao Piauí e uma coisa muito perigosa para o futuro do Estado”, declarou.

Ele defende que a criação de uma nova agência na estrutura administrativa do estado vai comprometer as finanças, que já se encontram em situação de dificuldade. “O governo não consegue dar os aumentos que são devidos aos policiais civis e militares, aos médicos, professores. Ao mesmo tempo, ele cria cargos e distribui com aliados políticos visando a sua campanha de 2018”, disse.

A Assembleia deve analisar o pedido nos próximos dias.

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