Por Ananda Oliveira

O vereador Dudu convocou Polícia Militar, OAB, Secretaria Municipal de Educação (Semec) e outros órgãos ligados à área da segurança pública para discutir os frequentes arrombamentos nas escolas da rede municipal de ensino. Segundo dados da própria Semec, foram registrados cerca de 500 casos de arrombamentos em unidades de ensino nos últimos quatro anos, que não foram coibidos nem com o uso de cercas e o monitoramento.

Na audiência, Dudu sugeriu que há um descaso com esse problema, já que ele os gestores não compareceram ao espaço de debate. “A Prefeitura de Teresina tem que tirar esse salto alto e deixar de imaginar que ela é acima do bem e do mal e que não deve satisfação ao povo”, disse. Ele também repudiou de forma direta o secretário municipal de Educação Kléber Montezuma.

“Eu não poderia deixar de começar a minha fala registrando um repúdio ao secretário municipal de Educação Kléber Montezuma, que foi convidado pra esta audiência pública e não se deu ao luxo de mandar um representante e onde o problema está mais acentuado no município é exatamente nas escolas municipais”, criticou.

Ele também falou sobre a demora em chamar os aprovados no concurso da Guarda Municipal. Há um impasse sobre a questão que chegou inclusive ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI).

Sem citar nomes, o petista rebateu as críticas de alguns vereadores que defendem que a segurança é responsabilidade do governo estadual. “Ninguém é louco de dizer que a Guarda Municipal vai substituir o ostensivo, mas a Guarda Municipal pode ser um dos maiores braços da segurança do município”, declarou.

A ausência dos gestores se deve, segundo Dudu, à falta de justificativa sobre a situação de insegurança nas escolas municipais.

A Escola Municipal Professor José Carlos, localizada no bairro Real Copagre, Zona Norte de Teresina, por exemplo, foi arrombada quatro vezes este ano, entre os meses de maio e agosto. O estabelecimento de ensino estava sem vigia noturno.

Em nota emitida pela Secretaria Municipal de Educação após o quarto arrombamento, em agosto, foi informado que os vigias do turno da noite não coibiam os assaltos e colocavam as próprias vidas em risco.