por Lídia Brito

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e o deputado federal, Júlio César (PSD), deixaram dúvidas sobre o apoio do PSD à presidente Dilma Rousseff. Em evento de entrega de apartamentos populares no “Empreendimento Orgulho do Piauí", no loteamento Cidade Industrial, Kassab se recusou a responder sobre o apoio do PSD a Dilma, e o deputado Júlio César - que integra a comissão na Câmara que analisa o impeachment- afirmou que não tem o voto definido.

O posicionamento dos líderes do PSD causou surpresa, já que o apoio do PSD à presidente era dado como certo. Questionado pelos jornalistas sobre o comportamento do partido na comissão do impeachment, Kassab desconversou e preferiu falar apenas sobre as casas que estavam sendo entregues à população.

“A meta do governo é que até 2020 mais de 30 milhões de pessoas possam ter casas entregues pelo Minha Casa Minha Vida. É uma grande transformação na vida das pessoas. É um trabalho para combater o déficit habitacional do país. É disso que o povo precisa”, declarou.

"NÃO TEM NADA DECIDIDO"

Já o deputado Júlio César, fez questão de dizer que será independente e não aceitará pressão do partido para votar contra ou a favor. “Não tenho voto definido. Vamos estudar profundamente a questão das pedaladas fiscais. Nosso foco de estudo é a decisão do TCU sobre as pedaladas. Vou sem nenhuma decisão prévia”, comentou. 

Júlio César afirmou que o momento é delicado e defendeu que o processo de impeachment ocorra da forma mais rápida possível. "É melhor para o país, para a economia, para que tudo ocorra da melhor forma possível. Hoje deve ocorrer a primeira reunião da comissão, em Brasília, e na segunda já teremos outra. Mas é difícil estipular qualquer prazo", declarou.