Por Ananda Oliveira e Marcos Melo
“O estado está liberado para criar cargos?” Este foi o questionamento do deputado estadual Gustavo Neiva (PSB) ao secretário da Fazenda, Rafael Fonteles. O parlamentar se referia à PEC 03, aprovada em dezembro de 2016, que prevê o teto para os gastos públicos no Piauí.
Neiva criticou a criação de novas coordenadorias na estrutura administrativa do governo, que acomodam os aliados do governador Wellington Dias (PT). Para o deputado, é “plenamente plausível” deixar a criação de cargos para um momento “mais folgado” na economia.
“Não estamos em céu de brigadeiro. O governador está na contramão do que deveria, ao invés de enxugar a máquina, está inchando com a criação de cargos em coordenadorias”, criticou Neiva.
O deputado estadual Rubem Martins (PSB) também comentou o caso. Ele criticou a contradição entre a contingência de 30% da receita corrente e a criação dos cargos, ambas medidas do estado.
CONTRAPONTO
Rafael replicou as críticas dos deputados, dizendo que a criação das coordenadorias é importante para a gestão. Segundo ele, a PEC estadual é diferente da federal, proposta pelo governo Temer.
O secretário defendeu ainda que as coordenadorias vão “destravar” programas que estão parados, como é o caso da piscicultura. Ele disse que os secretários, por vezes, estão concentrados em algumas coisas e acabam esquecendo outras. As novas coordenadorias seriam, então, benéficas. “Com a centralização excessiva, às vezes algumas coisas não andam”, defendeu.
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