Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

A vereadora Graça Amorim (PMB) respondeu, na manhã da quarta-feira (17), às críticas da oposição sobre o atraso na conclusão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Satélite. O contrato tem o valor estimado de R$ 4.561.227,81.

“A UPA está 80% concluída. Existe saldo do repasse do Ministério da saúde de R$ 270 mil não utilizados por ter excedido o prazo do convênio. O valor para a conclusão é de R$ 2 milhões e 580 mil que a Prefeitura vai arcar com recursos próprios. O valor inicial previsto no orçamento aumentou devido a aditivos não previstos na licitação como o problema das fossas sanitárias. A remoção dos feirantes também atrasou o processo”, explicou.

A obra se encontra paralisada desde novembro de 2016. Em novembro a empresa alegou a falta de pagamento, ao que a FMS alega que não havia dotação orçamentária de recursos próprios e a Prefeitura de Teresina não tinha disponibilidade financeira para pagamento à época.

Por meio de ofício enviado a José Antonio Bonfim, coordenador geral do Denasus, o secretário Sílvio Mendes explicou os motivos da demora. A área da construção da UPA Satélite era ocupada por um mercado municipal e contígua a um hospital-maternidade municipal. Houve resistência dos feirantes para a demolição do mercado, o que atrasou o início das obras. Além disso, segundo Mendes, existiam no terreno várias fossas sanitárias, por ser uma área acidentada e sem saneamento básico.

OPOSIÇÃO NÃO ACEITA A JUSTIFICATIVA

O vereador Dudu afirmou, em entrevista ao Política Dinâmica, que as justificativas do governo municipal não são razoáveis. Ele questiona o fato de que a obra foi paralisada em novembro, um mês após a eleição, e afirma ainda que a Prefeitura deve justificativas a respeito de todas as áreas da saúde de Teresina.

“Injustificável. Se o convênio é federal, se tem emenda parlamentar, se faltava contrapartida, porque a Prefeitura dizia para o povo do Satélite que estava tudo ok? O que nós estamos dizendo é que você [o prefeito] no mínimo enganou a população. É frágil a explicação do secretário Sílvio Mendes”, declarou.