FMS reforça serviços de saúde mental durante a pandemia

O isolamento social, medida necessária para conter a disseminação do novo coronavírus, e os medos e inseguranças relativos à doença podem trazer efeitos nocivos na saúde mental da população. Pensando nisso, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) reforçou os serviços de saúde mental, por meio da implantação do teleatendimento para facilitar o acesso sem precisar sair de casa, como as consultas psicológicas do Alô Saúde Teresina e o serviço de saúde mental voltado para servidores da instituição. Além disso, manteve a assistência nos sete Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e também o Provida, específico para atender pessoas com ideação suicida.

Por meio de uma ligação gratuita para o número 0800 291 0084, os teresinenses podem ter acesso ao serviço de psicologia do Alô Saúde Teresina. Durante os atendimentos, os psicólogos da FMS irão escutar e avaliar quais as principais queixas, sintomas e limitações causadas no indivíduo em decorrência do distanciamento social ou da Covid-19. “Todo o atendimento será sigiloso. Se houver necessidade, os profissionais indicarão a periodicidade da teleconsulta necessária ou poderão fazer encaminhamentos para a rede de saúde mental”, conta Isabel Karine, gerente de Saúde Mental da FMS. Desde o início do serviço, no começo de maio, mais de 900 atendimentos foram realizados.

Já os trabalhadores da saúde, que enfrentam uma carga psicológica muito grande diante da exposição ao risco e gravidade dos casos que atendem, têm ao seu dispor um atendimento específico, feito por plataforma virtual e mediante agendamento. Os interessados podem marcar sua consulta por meio do número (86) 99516-7820, nos horários de 8h às 12h e de 12h às 18h, de segunda a sexta. “Durante o agendamento, basta o servidor informar sua lotação e número de matrícula”, esclarece a gerente de saúde mental da FMS.

Ela explica que a criação desses serviços se deu para evitar o aumento nos casos de transtornos mentais em função do isolamento e dos temores diante das incertezas acerca de uma doença ainda tão desconhecida como a Covid-19. “Estudos apontam que, durante o período de pandemia, cerca de 1/3 da população vai apresentar algum sofrimento psíquico. Temos observado também que as pessoas têm desenvolvido alguns transtornos como TOC, depressão e ansiedade, em função da situação em que vivemos”, comenta.

Os sete CAPS seguem em funcionamento nos dias úteis, das 8h às 11h e das 14h às 17h, e estão voltados para atendimento de pessoas em situação de crise psiquiátrica. Esses locais realizam a triagem e o acolhimento de pacientes que buscam espontaneamente o serviço, além de atendimento ambulatorial nas áreas de psiquiatria e psicologia durante a pandemia. A entrega de medicação também está funcionando.

Há ainda o Provida, ambulatório que conta com psicólogos e psiquiatras para atender pacientes com comportamento suicida e que funciona dentro do Centro de Saúde Lineu Araújo. O serviço funciona de segunda a sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h, e conta atualmente com três psicólogos e dois médicos psiquiatras. “O atendimento no Provida é por demanda espontânea, ou seja, não precisa de agendamento prévio”, ressalta Isabel Karine.

Em caso de urgências psiquiátricas, como surto psicótico e tentativa de suicídio, é possível chamar uma ambulância do SAMU, por meio do número gratuito 192, ou ir diretamente ao Hospital Areolino de Abreu, que é referência para esse tipo de atendimento e conta com médicos psiquiatras.

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