Firmino diz que crise afeta Teresina, mas não culpa PT

por Francicleiton Cardoso e Marcos Melo

Sem responsabilizar diretamente a presidenta Dilma Rousseff (PT), para não magoar petistas ou o próprio governador Wellington Dias (PT), o prefeito Firmino Filho afirmou na manhã de hoje (18), que a crise de governo que avança de Brasília pelo país, já trouxe muitos prejuízos para Teresina. Ele destacou que os repasses têm diminuído, mas não chegou a direcionar o problema diretamente para Dilma.

“Teresina sofre e muito com essa crise. No ano passado nós perdemos R$ 76 milhões de receitas e ficamos com a capacidade reduzida de realização de obras que fez com que retardássemos muitas coisas. Mas muitos repasses do Governo Federal estão sendo diminuídos ou atrasados”, afirmou.

Prefeito desconversou quando perguntado sobre a influência do PT na crise. (Fotos: Jailson Soares / Política Dinâmica)

Nesta semana divulgada a informação de que o Ministério das Cidades teria comunicado ao Governo do Estado o cancelamento de um investimento de R$ 60 milhões que estavam destinados para a construção do sistema de esgotamento sanitário da zona Sul da Capital.

O prefeito ainda destacou que, caso a crise continue, ficará difícil administrar o país nos próximos meses. “Nós temos uma queda enorme na arrecadação do setor público. O FPM de janeiro deste ano, para se ter uma ideia, foi 25% menor que o de janeiro do ano passado. Isso aponta para muitas dificuldades. Se esse quadro persistir até o segundo semestre, é difícil imaginar um funcionamento regular e normal da máquina pública em todo o Brasil”, completa.

Prefeito ainda falou que crise política vem de uma crise jurídica.

O prefeito ainda chegou a falar da crise jurídica e policial, que segundo ele, deu origem a crise política do país. “Nós temos um conjunto de crises coordenadas. Temos um problema jurídico-policial forte, que é a Lava Jato. Temos uma crise política como consequência e temos também uma crise econômica. Para avançarmos nestas três áreas, é necessário que tenhamos lideranças capazes de ver o caminho a seguir e arregimentar forças para essas soluções”, finaliza. 

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