EM TERESINA, LULA EVITA FALAR DE PROCESSOS E DIZ QUE WELLINGTON É "POLÍTICO MESTRE"

O ex-presidente discursou para lideranças e novos aliados no Clube da APCEF (Foto: ASCOM)

Por Ananda Oliveira

O ex-presidente Lula chegou à Teresina na tarde do sábado (2) para cumprir agenda na capital piauiense. A última parada foi em Picos, onde ele participou de ato público e recebeu o título de cidadão picoense. Chegando em Teresina, ele foi recepcionado na Vila Irmã Dulce e participou do jantar de adesão do PT, com autoridades políticas do estado e novos filiados. Este era um evento restrito a convidados do partido e a entrada era paga, com valores variando entre R$ 300 e R$ 1.000. A organização afirma que os valores cobrados tem o objetivo de custear a viagem de Lula.

Na capital, ele concedeu entrevista ao chegar no Clube da APCEF. Lula teceu elogios ao PT e ao governador Wellington Dias, que ele chamou de "político mestre" e "o índio mais esperto que conheço no planeta Terra". Ele diz que é a maior legenda da América Latina e o único partido verdadeiro no Brasil atualmente. Os demais seriam, como ele classifica, "fisiológicos".

Lula e Wellington abonaram novas filiações (Foto: ASCOM)

"O PT é o mais importante partido de esquerda. O PT é um partido que as pessoas se enganam quando tentam comparar o PT a outros partidos políticos, porque os outros partidos são partidos eleitorais, são a maioria fisiológicos. O PT é um partido que está encarnado na sociedade, que está encarnado no campo, que está encarnado na indústria, no comércio, nas universidades", declarou o líder petista.

Sem citar o contexto de crise política que o Brasil vive e as denúncias que recaem sobre ele, Lula defendeu o crescimento do PT e disse que qualquer pesquisa de opinião comprova sua tese de que o partido é querido entre a opinião pública.

"É por isso que há essa carga de nervosismo contra o PT, essa tentativa de destruir o PT, de transformar o PT num partido ilegal", assinalou.

DENÚNCIA E PROCESSOS
No final da entrevista, Lula é questionado se está otimista quanto a possível absolvição nos processos que ele responde na Justiça. Na sexta-feira (1), o Ministério Público Federal pediu a absolvição de Lula e do banqueiro André Esteves em uma ação que os acusava de tentar comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró. Ele evitou a questão e as pessoas que o acompanhavam se apressaram em levá-lo do local. 

"Eu resolvi na viagem não discutir problema de processo, porque isso eu tenho advogado em São Paulo cuidando. Eu vim cuidar do Brasil", disse. 

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