ELEITOR DESCONFIADO

O pleito eleitoral de 2018 não será fácil para ninguém. Candidatos devem penar para conquistar os eleitores e estes terão muita dificuldade para escolher em quem votar. É o que afirma a Pesquisa Retratosda sociedade brasileira – perspectivas para as eleições de 2018”, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada ontem (13).

Segundo a pesquisa, 44% dos entrevistados estão pessimistas com a eleição presidencial devido à corrupção (30%), falta de confiança no governo e candidatos (19%) e falta de opção entre os pré-candidatos (16%). 

Apesar de 84% afirmar que irá analisar as propostas dos candidatos para decidir o voto, 75% dizem não acreditar nas promessas de campanha. Ou seja, muitos eleitores ainda não decidiram em quem votar e devem ser exatamente esses eleitores desconfiados que decidirão o resultado das eleições em 2018. 

PERFIL DO CANDIDATO 

Alguns dados da pesquisa confirmaram uma expectativa sobre o eleitor brasileiro, mas que pode estar sofrendo mudanças. Já é sabido, que diferente dos EUA, o brasileiro não tem apego partidário, mas devido ao elevado número de casos de corrupção envolvendo alguns partidos específicos, o eleitor tem considerado esse fator na hora de votar. 

pesquisa apontou que 48% da população não manifestou preferência por algum partido político e que escolhem os candidatos independente do partido. Apesar disso, 64% declararam que o partido do candidato à presidência é importante.

Para ter uma ideia da influência que os escândalos terão nesta eleição, os eleitores brasileiros afirmam que priorizarão na hora da escolha: a honestidade e não mentir em campanha (87%), o não envolvimento em casos de corrupção (84%) e transmitir confiança (82%). 

Mas a grande charada dos candidatos será conquistar a simpatie a confiança dos eleitores. Segundo a pesquisa, 72% dos eleitores afirmam que escolhem o candidato que gostam. E essa simpatia não está relacionada com à religião, já que apesar de 79% afirmar que prefere um candidato que acredite em Deus, apenas 29% considera realmente importante que o candidato seja da mesma religião que a sua. 

O que os eleitores consideram realmente importante é que o candidato conheça os problemas do país e a capacidade de gestão. Segundo a pesquisa, 89% querem um candidato que conheça os problemas do Brasil, 77% acham importante a experiência em assuntos econômicos, 74% acreditam que o candidato deva ter uma boa formação educacional e 71% ter uma boa relação com movimentos sociais. 

Os eleitores também optam por um candidato que tenha origem simples (72%), mas querem alguém com alguma experiência/trajetória política (62%).

PRIORIDADES PARA OFUTURO

Entre as prioridades para a próxima gestão estão as mudanças sociais. Os eleitores citaram provimento dos serviços públicos e redução da desigualdade social (44%), controle dos gastos públicos (84%), transparência administrativa (78%) e defender políticas sociais (72%).

  

Comente aqui