Por Gustavo Almeida e Lídia Brito

Os deputados federais piauienses que votaram a favor da Reforma Trabalhista foram alvos de vaias durante manifestação nesta sexta-feira (28) nas ruas do Centro de Teresina. Uma das mais criticadas foi a deputada Iracema Portella (PP), mulher do senador Ciro Nogueira (PP).

Durante o ato, que faz parte da mobilização nacional contra as reformas propostas pelo governo federal, o nome de cada um dos parlamentares foi citado. Dos 10 deputados piauienses, apenas o petista Assis Carvalho votou contra a Reforma Trabalhista, cujo texto-base foi aprovado na votação da Câmara.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores no Piauí (CUT-PI), Paulo Bezerra, classificou a posição da maioria dos deputados piauienses como uma vergonha. Segundo ele, os nove parlamentares que votaram a favor estão a serviço do capitalismo e do Poder Executivo.

“Toda votação na Câmara é 9x1. Só temos um deputado que representa o Piauí. Os demais representam o capital e estão a serviço do Poder Executivo. Existe uma arquitetura política de corrupção nesse país que está bem representada pelo Congresso Nacional e no Piauí temos o retrato legítimo do que significa isso”, falou o sindicalista.

O membro da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP), professor Daniel Solon, criticou a postura do governador Wellington Dias (PT). Ele afirma que o petista manteve na Câmara Federal os suplentes de deputados que votaram pela reforma. 

“O governo Wellington Dias (PT) tem uma situação peculiar. Ele diz que é contra as reformas trabalhista e previdenciária. Mas ele manteve os suplentes Silas Freire (PR) e Mainha (PP) que votaram pelas reformas. Se ele quisesse poderia ter mandado a deputada Rejane Dias (PT) e Fábio Abreu (PTB) de volta à Câmara para votarem contra. É uma situação contraditória. Ele fez um ajuste fiscal no final do ano passado. Todos eles estão no mesmo barco”, declarou.