Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

Apesar de apoiar o governo do presidente Michel Temer (PMDB) e as mudanças que a reforma da previdência pretende fazer, caso aprovada, o senador Ciro Nogueira (PP) reconhece a dificuldade que o Planalto vai ter em convencer o Congresso a passar a proposta impopular em virtude das alterações que inclui na Constituição.

Em entrevista à Infomoney, após sair de reunião com Temer na última sexta-feira (25), Ciro admitiu que a possibilidade de aprovação é baixa.

“Quanto mais ela [a votação da reforma da previdência] se aproxima da eleição, mais difícil fica. Não por conta da base, mas por conta da questão eleitoral. Muitos parlamentares não querem se expor na véspera de uma votação importante”, declarou.

Sendo base aliada ou não, o que os políticos em época pré-eleitoral se preocupam verdadeiramente diz respeito à manutenção e/ou ampliação dos votos que já conquistaram em uma eleição passada. Ameaçar um bom desempenho apoiando um presidente, especialmente quando ele tem baixíssima popularidade, é um risco grande demais e sem contrapartida totalmente segura, dado que o presidente não é cotado para disputar a eleição do próximo ano.