A LUTA CONTRA AS CANDIDATURAS LARANJAS

Mulheres devem ter consciência de que não precisam ser “candidatas biônicas”, mas concorrer de fato aos cargos eletivos (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O PSD Mulher reúne, na manhã desta sexta-feira (14), a sua militância e lideranças para discutir a participação da mulher na política, com foco especial nas eleições de 2018.

Ao Política Dinâmica, a coordenadora estadual do PSD Mulher Simone Pereira falou sobre o encontro, que conta com a participação da governadora em exercício Margarete Coelho (PP), da presidente nacional do PSD Mulher Alda Marco Antônio, além dos deputados Júlio César e Georgiano Neto, ambos do PSD.

“Esse evento é um momento de confraternização com as mulheres que foram eleitas na última eleição e a nossa militância, já em preparação para o ano que vem, que é ano eleitoral. A gente busca levar uma conscientização às mulheres, que os espaços que nós conseguimos – de 30% de cota de participação da mulher no momento da candidatura – possam ser de fato ocupados por nós”, declara.

Simone defende a necessidade de mobilizar a sociedade em torno da questão e lutar contra as candidaturas laranjas - quando mulheres apresentam seu nome apenas para cumprir a cota dos partidos. “A gente precisa envolver a sociedade civil como um todo nesse processo de discussão, não só as mulheres que já estão na militância. (...) Que as mulheres tenham consciência de que não precisam ser candidatas biônicas. Elas precisam ser candidatas de fato, que elas entrem no processo eleitoral para disputar os espaços que a gente tanta luta para ter como direito”, afirma.

Para ela, é preciso que todas as mulheres estejam atentas à legislação existente e as discussões no parlamento, que podem mudar a forma como o sistema funciona atualmente.

“A minha fala aqui hoje é sobre o sistema de cotas. As cinco PECs que estão no Congresso Nacional, onde visa inclusive as cotas para as mulheres terem assento no parlamento e não apenas na candidatura. As mulheres precisam saber o que está tramitando no Congresso Nacional, quais são as políticas e redes de proteção social a nível de estado, município e país”, pontua.

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