À FRENTE DA SEMCASPI, SAMUEL SILVEIRA FALA SOBRE AÇÕES DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL

Samuel Silveira coordena a Assistência Social desde janeiro deste ano (Foto: Jailson Soares/PoliticaDinamica.com)

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

O secretário municipal de Cidadania, Assistência Social e Políticas Integradas (SEMCASPI) Samuel Silveira participou na manhã desta segunda-feira (12) da solenidade de premiação do concurso de redação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), realizado em razão do Dia Mundial da Erradicação do Trabalho Infantil, comemorado hoje. Foram quase 200 redações recebidas pelo programa, criado em 2003.

Em entrevista à imprensa, o secretário comentou a realidade que tem observado sobre o trabalho infantil nos primeiros seis meses de gestão e os desafios na área.

“O Peti é o nosso carro-chefe no enfrentamento ao trabalho infantil, faz parte da estrutura da Semcaspi, tem se esforçado para disseminar dentro de toda a comunidade a importância de cada pessoa dizer não ao trabalho infantil. Que as pessoas tenham isso não apenas de forma institucional, mas trazendo pra si a responsabilidade, na medida por exemplo do trabalho doméstico. A Prefeitura procura fazer esse trabalho apostando, sobretudo, na conscientização. (...) Esse tipo de enfrentamento tem que se dar basicamente pelo convencimento”, declarou.

Em Teresina são dez centros de convivência que atendem aproximadamente 300 crianças e oferecem opções de educação, esporte e lazer para as crianças. Apesar disso, ainda se vê crianças nos semáforos no centro de Teresina ou trabalhando como babás, como reconheceu o próprio Samuel Silveira.

NÚMEROS

O secretário não deu números precisos sobre a realidade teresinense. Ao Política Dinâmica ele afirmou que essa é uma questão complicada de se tratar. “É um número bastante difícil de se aferir. É um contexto bastante difícil de lidar, porque não há números oficiais. O IBGE tem uma estimativa, mas não há dados oficiais, as pessoas não se manifestam para relacionar”, afirmou.

A nível nacional a situação não está boa. Segundo reportado pela Rede Peteca, uma ONG que trabalha a questão do trabalho infantil, mais de 2,6 milhões de crianças e adolescentes, de 5 a 17 anos, estão em situação de trabalho no Brasil, baseado em dados do PNAD. Ainda segundo a ONG, no mundo são mais de 160 milhões de pessoas nessa faixa etária trabalhando. Esta condição está diretamente relacionada com a situação de pobreza das famílias.

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