Temer: 'déficit mostra que não há maquiagem'

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou nesta segunda-feira (31), em São Paulo, que o Orçamento da União para 2016 será apresentado ao Congresso com déficit para mostrar a transparência das contas do governo federal e destacar que não há “maquiagem nas contas”.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, entregará nesta segunda ao presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a proposta de Orçamento para o ano que vem. Diante da desistência da presidente Dilma Rousseff de propor ao Legislativo o retorno da CPMF, a peça orçamentária deve conter previsão de déficit nas contas para o próximo ano,informou o Blog do Camarotti.

“Orçamento com déficit é uma coisa extremamente preocupante, mas está sendo feito assim, primeiro, para registrar a transparência política das questões orçamentárias. Ou seja, não há maquiagem nas contas”, afirmou o vice-presidente no Fórum Exame “Prepare-se para Planejar 2016 e Superar a Crise”.

No sábado, após se reunir com auxiliares no Palácio da Alvorada, a chefe do Executivo decidiu desistir, momentaneamente, da ideia de voltar a tributar as transações bancárias. A possibilidade de o governo recriar a CPMF repercutiu negativamente no Congresso e no meio empresarial. O próprio vice-presidente da República chegou a advertir Dilma na semana passada que, provavelmente, a proposta não seria aprovada pelo Legisltativo.

Depois de o governo debater inúmeros cenários para o Orçamento, Nelson Barbosa foi à residência oficial do Senado na noite deste domingo (30) comunicar pessoalmente a Renan a decisão do Planalto de incluir a previsão de déficit na peça orçamentária de 2016.

No evento desta segunda na capital paulista, Temer ressaltou que foi contra a proposta da área econômica do governo de recriar a CPMF, que ele classificou de um tributo “já maculado no passado”. De acordo com o vice, que ainda é responsável pela articulação da macropolítica do Palácio do Planalto, a proposta poderia ser derrubada no Congresso, o que geraria uma nova derrota política para o Executivo federal.

Fonte: G1.

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