TEMER DEFENDE PACOTE DE REFORMAS

Michel Temer foca na economia brasileira em seu primeiro pronunciamento. Foto: Beto Barata/PR

Por Ananda Oliveira e Marcos Melo

Com o término do julgamento da agora ex-presidente Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (PMDB), seu vice, assumiu a presidência da República até 31 de dezembro de 2018. Antes mesmo de ser empossado para o cargo, que já vinha exercendo interinamente desde maio desse ano, Temer gravou pronunciamento para TV e rádio no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência.

Em cinco minutos de discurso, Temer classificou a decisão do Congresso Nacional pelo impeachment de Dilma Rousseff como “democrática e transparente”, respondendo às acusações de golpe. “O momento é de esperança e de retomada da confiança no Brasil. A incerteza chegou ao fim”, disse, confiando que a mudança de governo garante a saída da crise. Afirmou ainda que a bandeira de seu governo é colocar “os interesses nacionais acima dos interesses de grupos”.

Deixou evidente em seu pronunciamento que medidas austeras serão tomadas para “recolocar o Brasil nos trilhos”. Uma das iniciativas para tanto é fixar um teto para as despesas públicas. Temer comparou o Governo com a renda de cada família, que precisa reduzir despesas caso esteja endividada.

Falou em “modernizar a legislação trabalhista”, mas não explicou como isso será feito, embora se saiba que há promessa de que até o fim do ano um projeto seja encaminhado ao parlamento. Defendeu ainda a reforma previdenciária. "Para garantir o pagamento das aposentadorias, teremos que reformar a Previdência. Sem reforma, em poucos anos o governo não terá como pagar os aposentados", ponderou.

Sinalizou uma abertura ao capital estrangeiro com a garantia de “bons negócios para o Brasil”. "Indicadores da economia sinalizam o resgate da confiança no país. Nossa missão é mostrar a empresários e investidores de todo o mundo nossa disposição para proporcionar bons negócios que vão trazer empregos ao Brasil. Temos que garantir aos investidores estabilidade política e segurança jurídica", disse o presidente da República.

Temer finalizou seu discurso reiterando que pretende dialogar de forma democrática com todos os setores da sociedade e garantir a independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

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