Planalto ameaça deputados favoráveis a impeachment

Com o objetivo de tentar evitar o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto realiza um pente-fino para saber quem são os responsáveis pela indicação dos ocupantes de cargos de confiança em Brasília e nos Estados. Após a identificação, o procedimento será pressioná-los a votar contra o afastamento da petista ou negociar essas nomeações com quem esteja disposto a defender a permanência da presidente no cargo, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a publicação, entre os 22 mil postos comissionados no governo federal, alguns foram indicados por deputados favoráveis ao impeachment. Há também o que chamam de “barriga de aluguel”, quando um parlamentar indica um nome que é ligado a outro partido ou grupo político, o que torna mais difícil o rastreamento.

Além disso, o mapeamento também servirá para dar suporte ao governo para conversar sobre a escolha das lideranças dos partidos da base, em fevereiro. O objetivo do governo é garantir que o maior número de líderes na Câmara seja contrário ao afastamento da petista, já que eles são os responsáveis por indicar os integrantes da Comissão Especial do impeachment.

Os afilhados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que deu andamento ao processo de impedimento de Dilma, estão merecendo atenção especial do governo, que qualifica as indicações do peemedebista como inaceitáveis.

Nomeado na cota do vice-presidente Michel Temer, mas indicado pelo deputado Mauro Mariani, que é presidente do PMDB de Santa Catarina, o atual presidente da Embratur (Empresa Brasileira de Turismo), Vinícius Lummertz, também pode ser afastado, já que Mariani sinalizou no ano passado que o impeachment se tornou "inevitável".

Fonte: Estadão de S. Paulo

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