Justiça aprova acordo de delação premiada de lobista

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, homologou, na tarde desta quinta-feira (30), o acordo de delação premiada do empresário Mario Góes, lobista acusado de atuar para a Andrade Gutierrez no esquema milionário de desvio de dinheiro e de corrupção na Petrobras investigado pela Lava Jato.

Com isso, Góes passa a colaborar com as investigações da Operação Lava Jato passando informações sobre o funcionamento do esquema e a participação de suspeitos em troca de benefícios, como redução de pena, em caso de condenação.

O empresário já colocou a tornozeleira eletrônica, que serve para monitorar o preso em prisão domicilar. Entretanto, ainda não se sabe para onde ele irá.

Góes é suspeito de ser um dos operadores do esquema envolvendo a empresa Arxo e está preso no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Na tarde desta quinta, o empresário prestaria depoimento em uma audiência sobre um processo da 10ª fase da operação que envolve, entre outros réus, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o empresário acusado de ser um dos operadores do esquema de pagamento de propina Adir Assad.

Porém, devido à delação, o depoimento foi adiado para as 17h de segunda-feira (3).

No dia 17 de julho, em seu último depoimento, Góes não chegou a ser interrogado pela Justiça porque estava abalado e chorou durante a audiência.

Na quarta-feira (29), o Ministério Público Federal divulgou uma lista com os 16 acordos de delação premiada firmados até o dia 8 de julho. Entretanto, o MPF informou que, no total, são 22 acordos, mas os seis que não aparecem na lista correm em sigilo.

Fonte: G1.

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