Evo Morales no Planalto

Em visita oficial ao Brasil, o presidente da Bolívia, Evo Morales, foi recebido nesta terça-feira (2) pela presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Ele passou em revista às tropas militares, subiu a rampa do palácio e posou para foto ao lado da presidente.

O último encontro entre Dilma e Evo ocorreu na semana passada, durante a Cúpula dos Estados Latino-Americanos (Celac), no Equador, quando posaram para a foto oficial do evento um do lado do outro.

Após Evo chegar ao Planalto, Dilma e o colega boliviano seguiram para a chamada reunião ampliada, da qual participam ministros e representantes dos dois governos. Ainda nesta terça, os dois farão uma declaração à imprensa e seguirão para o Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, onde almoçarão juntos.

De acordo com a Secretaria de Comunicação Social, mesmo com a visita de Evo a Brasília, os dois países não assinarão acordos de cooperação.

Segundo o Itamaraty, o Brasil é o principal parceiro comercial da Bolívia, por ser o primeiro destino das exportações do país, principalmente do gás natural. Em 2015, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o fluxo comercial entre os dois países somou R$ 3,9 bilhões.

Em janeiro do ano passado, Dilma chegou a trocar sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), para comparecer à cerimônia de posse de Evo em La Paz, capital boliviana.

A última visita dele ao Brasil, contudo, ocorreu em julho de 2015, quando os presidentes do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) se reuniram em Brasília com os chamados Estados Associados do Mercosul (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru).

‘Golpe’
Em dezembro do ano passado, cerca de duas semanas após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolher pedido de impeachment de Dilma, Evo Morales saiu em defesa da colega brasileira e falou em tentativa de “golpe” parlamentar no Brasil, mesma tese defendida pelos aliados da petista, que alegam não haver base jurídica para o afastamento dela do cargo.

“É um golpe parlamentar em amadurecimento, já aconteceu um golpe no Congresso do Paraguai e agora está acontecendo no Brasil”, disse Morales na ocasião ao recordar a destituição por julgamento político do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo em 2012, então substituído por seu vice, Federico Franco.

Fonte: G1

Comente aqui