Era melhor Regina Sousa ter ficado calada. Comentar à imprensa que a vaga de vice de Wellington Dias (PT) está destinada ao MDB na pessoa do deputado estadual Themístocles Filho não é lá grande novidade. Mas os nervos governistas andam à flor da pele e o fato de ser a senadora a pessoa que joga a realidade na cara de outra mulher, não pegou bem.  

Em primeiro lugar, exatamente pela questão de gênero. Regina parece ter cedido rápido demais à idéia de que as mulheres já não vão ocupar a vaga de vice na chapa governista. Segundo, porque ela mesma, Regina, encontra-se em posição também bastante complicada do ponto de vista da composição majoritária. Terceiro, porque o PT com sua vontade de chapa pura tem sido o motor da maior crise da base de W.Dias: a implosão do chapão.

“Não acho justo Margarete sair e Regina ficar. Se cada partido tem uma vaga majoritária, por qual motivo o PT teria duas?”, questionou o deputado estadual Júlio Arcoverde, ao ler matéria do Política Dinâmica que comenta as declarações de Regina. O parlamentar avalia que petistas não possuem mais direitos que os demais aliados de Wellington por nenhum motivo que seja.

Logo, ao ajudar a colocar Margarete pra fora da chapa, Regina deixa a porta aberta para a sua saída também.

Caso não figure nos santinhos da campanha, quem sabe Regina consiga ser suplente de outro senador, outra vez!

De Ciro Nogueira, talvez?