Os gestores do governo do Estado estão indignados com Olavo Rebelo, presidente do Tribunal De Contas do Estado. Consideram que os técnicos do TCE "estão soltos demais" num ano de eleição, segundo fonte do Política Dinâmica dentro do PT.
Após a divulgação do relatório técnico que aponta fraudes e irregularidades no uso de recursos dos créditos consignados, gente na alta cúpula governista teria procurado Olavo Rebelo para “dar fim” aos “constrangimentos” produzidos pelos auditores técnicos concursados do tribunal.
Um interlocutor do governo criticou Olavo por permitir a fiscalização “sem controle” da gestão de Wellington Dias. Chegou a alegar que o cargo que Olavo ocupa hoje foi “presente” do governador e que, agora, o atual presidente do TCE estaria sendo “ingrato”. Rebelo é ex-deputado do PT e foi indicado para o TCE no segundo governo de Wellington, em 2007.
O petista citou que Olavo permitiu constrangimento no caso da licitação da AGESPISA — em que os técnicos expuseram possível fraude numa concorrência de R$ 1,7 bilhão de reais — e no caso do empréstimo FINISA I — no qual os auditores revelaram pedaladas fiscais num valor superior a R$ 270 milhões e possível fraude na prestação de contas.
Segundo uma fonte do Política Dinâmica, a resposta foi curta e definitiva. “Entre a ingratidão e a corrupção, a menos grave é a primeira”, teriam sido as palavras exatas de Olavo.
A informação foi checada duas vezes, o que faz este jornalista desconfiar que talvez não seja mera coincidência que o agora ex-secretário de Fazenda tenha pedido exoneração do cargo no dia em que o relatório técnico do TCE foi publicado — alegando problemas de saúde — e que, também no mesmo dia, os ex-secretários de Administração e Governo — ambos quadros do PT e pré-candidatos a deputado — tenham divulgado por suas assessorias que seus telefones foram “clonados”, alertando que bandidos poderiam estar “se passando por eles” para aplicar golpes.
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