O senador Ciro Nogueira (Progressistas) indicou o presidente da caixa Econômica Federal neste governo de Michel Temer. Não por acaso, a instituição comandada por Gilberto Occhi já fez três operações de crédito com o Governo do Estado do Piauí a pedido dele.
Mas todo dinheiro público deve ser utilizado com a devida responsabilidade e ter sua prestação de contas fiscalizada pela instituição que empresta os recursos. Pois bem. Para liberar a segunda parcela de um empréstimo de R$ 600 milhões, a Caixa precisa receber — e conferir — a prestação de contas do uso da primeira parcela (foram R$ 307 milhões). Sem isso, nem o novo empréstimo pode ser creditado nas contas do Estado.
Acontece que o presidente Gilberto Occhi já anunciou que os novos R$ 315 milhões e o restante dos R$ 600 milhões devem ser liberados nos próximos dias, ainda na semana que vem. Como? O segredo dessa mágica também o deputado Robert Rios (PDT) quer saber. Ele e toda a oposição.
Com o corpo técnico limitado e o tempo curto, seria praticamente impossível para a Caixa conferir obras espalhadas por todo o Piauí em menos de uma semana. A afirmação de Occhi acendeu um alerta nos deputados que se opõem ao governo de Wellington Dias.
Segundo o deputado Gustavo Neiva, técnicos do TCE-PI já identificaram que os recursos foram desviados de finalidade e ele mesmo já foi atrás de conferir o andamento de algumas das obras citadas na primeira planilha e prestação de contas entregue por Wellington à Caixa. Encontrou obras fantasmas.
O deputado Robert Rios foi à tribuna da Alepi fazer a denúncia. E não poupou palavras no ataque ao atual presidente da Caixa. “Ele deveria receber ordem de prisão”, disparou o ex-delegado da Polícia Federal.
Confira a história — e os ataques — no vídeo a seguir!
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