A semana chegou ao fim com um novo capítulo na novela dos empréstimos do Governo do Estado. O Tribunal de Contas da União deliberou pela suspensão dos empréstimos FINISA realizados por Wellington Dias junto à Caixa Econômica Federal. Mas apesar do petista afirmar que todos os órgãos de controle trabalham sob influência da oposição contra ele, ninguém no governo sabe dizer com o mínimo de certeza onde utilizaram R$ 307 milhões torrados em 2017.
Depois de entrevista concedida ao Política Dinâmica, o próprio governador Wellington Dias nos enviou uma tabela com o resumo da prestação de contas enviada à Caixa Econômica Federal. Nela, conta que o governo gastou não apenas R$ 307 milhões recebidos, mas uma quantia R$ 16 milhões superior. Por mais estranho que pareça — guarde a estranheza para os próximos parágrafos! — foi isso que aconteceu. A gestão de Wellington entregou ao banco uma lista de obras pagas que somam R$ 323 milhões!
Incomum? Não tanto quanto as secretarias e os valores do empréstimo que elas, teoricamente, gastaram. A Secretaria de Governo, pasta de articulação política, comandada pelo suplente de deputado Merlong Solano (PT), usou R$ 3,3 milhões de reais do recurso destinado à infraestrutura e saneamento. Já a Coordenadoria de Desenvolvimento Social e Lazer, a CDSOL, sob indicação do deputado estadual Georgiano Neto (PSD), responde por R$ 2,1 milhões gastos em 2017.
Tem mais. E ex-secretária de Educação e deputada federal Rejane Dias, ordenou despesas de mais de R$ 22 milhões na SEDUC. Já a Agência de Tecnologia de Informação, a ATI, emitiu pagamentos que somam R$ 17 milhões do FINISA-1, lembrando que o nome do empréstimo é FINanciamento à Infraestrutura e ao SAneamento.
Outros R$ 12 milhões não são fáceis de achar nem no portal da transparência, por foram colocados numa rubrica de genérica de Encargos Gerais do Estado.Já a Defesa Civil, onde o secretário era o atual deputado estadual Hélio Isaías (Progressistas), responde por R$ 9,7 milhões.
Perguntamos a alguns deles onde o dinheiro foi utilizado. Pedimos que falassem de ao menos uma obra feita com esse dinheiro todo. “Gastamos, fizemos, mas não sabemos dizer”, foi a resposta comum a todos.
A falta de transparência no uso do dinheiro, no fim das contas, é que está impedindo o recebimento dos outros empréstimos. Sem essa de oposição.
Duvida? Pois veja no vídeo a seguir!
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