Serão necessários mil anos para um governo investir tanto tempo e dinheiro em propaganda eleitoreira. O exagero destas palavras se justifica pela sede midiática que as secretarias de Segurança, Educação e Justiça possuem. Sobram personagens — o “capitão”, a “professora”, o “menino prodígio” — mas faltam secretários focados no resultado e no contexto.
É o mal de ter políticos envolvidos com seus próprios mandatos eleitorais para gerir qualquer coisa no Executivo. Os interesses pessoais, invariavelmente, superam o dever coletivo.
Na última quinta-feira (15) quatro professores foram assaltados dentro de uma unidade escolar municipal de Teresina. Um jovem, armado, aparentemente drogado, pulou o muro da escola, rendeu os professores, pegou bolsas e celulares e saiu do mesmo jeito que entrou.
Não há informações sobre quem era o bandido, mas duas coisas chamaram a atenção: segundo as vítimas, parecia ter idade escolar e, de acordo com a ousadia, não parecia ter o menor receio de praticar um crime à luz do dia. A Secretaria de Segurança Pública se esquivou da responsabilidade. Disse que “do muro para dentro”, quem deveria garantir a segurança era a Prefeitura de Teresina, que, agora, conta também com uma Guarda Municipal.
Mas a secretaria que adora uma pirotecnia midiática, não pegou o elemento nem antes dele subir o muro, muito menos depois que ele desceu.
É preciso mais do que isso para desconstruir os R$ 40 milhões anuais que Wellington Dias gasta com propaganda eleitoreira?
Veja no nosso comentário feito na Jockey FM 88.1:
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